São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Noal diz que provas foram montadas

Acusado chora em depoimento

DA REPORTAGEM LOCAL

O banqueiro do jogo de bicho Ivo Noal chorou ontem durante o interrogatório no processo da 4ª Vara Criminal de São Paulo em que é acusado de falsidade ideológica. Ele negou o crime, disse ser vítima de perseguição policial e disse que as conversas telefônicas apresentadas como prova são uma montagem.
Os dois outros réus no processo, Luigi Romano e Luiz Buono Filho, também foram interrogados pelo juiz Nelson Fonseca Junior. Eles também negaram a acusação.
Noal, Romano e Buono Filho teriam mentido ao depor na Corregedoria da Polícia Civil em 1995. Eles teriam dito que não se conheciam, exatamente o contrário do que haviam afirmado em outro inquérito em 1993.
Noal disse que assinou seu depoimento na corregedoria sem ler. Disse conhecer Romano há 23 anos e desconhecer Buono Filho. Seu depoimento foi confirmado pelos outros réus. Noal, Romano e Buono Filho permanecem presos. O advogado de Noal, Newton Azevedo, entrou com habeas corpus para tentar soltá-lo.

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