São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Bolsa do Rio movimenta R$ 249,4 mi

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Os corretores paulistas, sócios da Bovespa, tremeram nas bases ontem, quando a Bolsa do Rio fechou o pregão e anunciou o movimento do dia: R$ 249,4 milhões.
Foi um volume equivalente a 46,84% do movimento da Bovespa, a maior Bolsa do país, com giro de R$ 532,5 milhões no pregão de ontem. Na véspera, a Bolsa do Rio movimentara 129,2 milhões, quase 40% dos negócios da Bovespa.
A força da Bolsa carioca -que este ano movimentou uma média singela de R$ 45 milhões, incluindo os dias de leilões de privatização- revela uma faceta da guerra entre as duas casas pelos investimentos nacionais e internacionais.
A Bovespa, em maio passado, reduziu seus emolumentos (taxas) de 0,05% para 0,035% nas operações normais e para 0,025% nas operações de "day trade".
No Rio, a Bolsa contra-atacou e desceu sua taxa de 0,05% para 0,01% nas operações com ações que sejam negociadas nos Estados Unidos por meio de ADR (american depositary receipts) -caso da Telebrás, carro-chefe do mercado paulista, e da Aracruz.
Resultado: ficou mais barato negociar Telebrás no mercado carioca. Ontem essa ação respondeu por 57,52% dos negócios à vista no Rio, com R$ 44,5 milhões. No mercado de opções, o volume foi bem maior: R$ 131,0 milhões. Houve, portanto, uma gigantesca operação de "box", que envolve o mercado à vista e o de opções.
O assessor na presidência da Bovespa, Noenio Spinola, minimizou o avanço carioca. Segundo ele, a Bovespa está mais preocupada com a competição internacional.
A Bolsa paulista quer ser o centro de liquidez do mercado acionário latino-americano. Brevemente, será instalado um terminal na Bolsa de Buenos Aires no pregão da Bovespa, e vice-versa. É o primeiro passo na direção da internacionalização da Bovespa, avalia Spinola.
As ações continuaram valorizando-se ontem, dentro das expectativas do mercado. Em São Paulo, a alta foi de 1,45% e, no Rio, de 2,0%.
A Telebrás manteve-se na liderança do mercado paulista, respondendo por 64% das negociações. A maior alta foi da Cosipa PNB, com 8,2%. A maior baixa foi a da Sharp PN, com -4,6%.
No Rio, a maior alta (ISENN) foi a da Petrobrás ON, com 7,69%, e a maior baixa foi a da Cemig ON, com -5,0%.

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