São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Menendez são condenados a pena de prisão perpétua

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Os irmãos Lyle e Erik Menendez foram condenados ontem a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional pelo assassinato de seus pais em 1989.
Lyle, 28, e Erik, 25, não demonstraram emoção ao ouvirem a sentença do juiz Stanley Weisberg. Depois, Lyle sorriu e acenou para sua noiva, Anna Erikson.
Os dois se conheceram por cartas, depois que Lyle já estava preso. Eles desejam se casar, mas a cerimônia está suspensa porque Lyle não aceita que o juiz Weisberg a celebre, como determina a lei.
José Menendez, 45, e sua mulher Kitty, 47, foram encontrados mortos a tiros em 20 de agosto de 1989, em sua casa em Beverly Hills, Califórnia. Ele era um bem-sucedido empresário artístico.
Seis meses depois, os irmãos foram presos e acusados do crime. Erik, que estava em Israel, retornou voluntariamente aos Estados Unidos para ser indiciado.
A princípio, ambos se disseram inocentes. Mas durante seu primeiro julgamento, confessaram que mataram os pais e alegaram ter agido em legítima defesa, após anos de abusos físicos e sexuais.
A promotoria argumentou que eles agiram de maneira premeditada para se apossarem da fortuna familiar de US$ 14 milhões.
O primeiro julgamento terminou em janeiro de 1994 sem que os dois júris, uma para cada réu, conseguissem chegar a um veredicto.
Em agosto de 1995, começou o segundo julgamento, com só um júri, que em 20 de março passado considerou os irmãos culpados. O júri recomendou a prisão perpétua. A opção era a pena de morte.
O juiz Weisberg rejeitou ontem pedido de anulação do julgamento feito pelos advogados de defesa. Os Menendez ainda podem recorrer da sentença.

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