São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996 |
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Diminui o índice de cursos excelentes
DANIELA FALCÃO
Na avaliação divulgada ontem, referente ao biênio 1995/1994, 51% dos cursos de doutorado e 39,4% dos cursos de mestrado receberam nota A. Na avaliação de 1994 (referente ao biênio 1993/1992), 52,8% dos cursos de doutorado e 42,4% dos de mestrado foram considerados excelentes. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou ontem que a queda na porcentagem de cursos considerados excelentes não significa que o nível de ensino de pós-graduação no país tenha piorado. Para ele, um número menor de universidades recebeu nota A em 1996 porque os critérios de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) estão se tornando mais rigorosos. A cada dois anos, a instituição avalia todos os cursos de pós-graduação das universidades públicas e privadas do país. As notas variam de A a E (curso desestruturado e sem condições de funcionamento). Aqueles que recebem conceitos D (insuficiente, mas recuperável) e E não são reconhecidos pelo MEC. Isso significa que o diploma não tem valor. Apesar de não reconhecer o diploma desses cursos, o MEC não pode forçar que eles sejam fechados ou reestruturados. Em 1996, 14 cursos de doutorado e 77 de mestrado receberam conceitos D ou E. Os cursos que têm melhor avaliação recebem mais bolsas de estudo da Capes. Cerca de 77% dos alunos de doutorado e 55% dos de mestrado ganham bolsas da instituição. Há 64 mil estudantes de pós-graduação no Brasil. Mais cursos de pós Entre abril e junho deste ano, 318 consultores da Capes avaliaram os 1.036 cursos de mestrado e os 510 de doutorado do país. A avaliação constatou que houve aumento no número de cursos de pós-graduação. Em 1994, a Capes havia avaliado 934 cursos de mestrado e 430 de doutorado. Para o ministro da Educação, o aumento no número de cursos de pós-graduação é um "bom sinal". O presidente da Capes, Abílio Afonso Baeta Neves, afirmou que os cursos de pós-graduação do Brasil são considerados excelentes em algumas áreas, não deixando nada a dever aos melhores da Europa e dos EUA. Segundo Baeta Neves, as áreas em que o desempenho brasileiro é mais semelhante ao europeu e norte-americano são física, biologia e matemática. Texto Anterior: Policiais são presos após operação em morro do Rio Próximo Texto: Resultado provoca surpresas Índice |
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