São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Conselho torna ilegais hospitais do PAS

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O CRM (Conselho Regional de Medicina) cancelou ontem o registro de 153 unidades de saúde da Prefeitura de São Paulo.
Hoje, os hospitais continuam funcionando normalmente, mas ilegalmente. O CRM já comunicou o cancelamento à Vigilância Sanitária Estadual, que é responsável pela fiscalização dos hospitais.
As unidades terão um prazo para regularizar a situação e, se não renovarem o registro, podem ser multadas.
O secretário-interino de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, não soube informar ontem qual o prazo que os administradores das unidades de saúde da prefeitura terão para refazer a inscrição no conselho.
As unidades que tiveram o registro cancelado são unidades do PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Segundo o CRM, como mudaram o sistema de gestão, o corpo técnico e os responsáveis pelos hospitais, a inscrição no conselho deveria ter sido renovada.
"Já havíamos comunicado à prefeitura que o registro das unidades administradas pelo PAS tinha que ser renovado", disse ontem o secretário-geral do CRM, Célio Levyman.
O PAS transfere a administração dos hospitais municipais para cooperativas de médicos. O plano começou a ser implantado na cidade em janeiro. Hoje, toda a rede já está sendo administrada pelas cooperativas.
As entidades médicas -incluindo o CRM- são contrárias ao plano, assim como o governo do Estado. Elas afirmam que o plano é restritivo.
O PAS cadastra todos moradores da região, que recebem uma carteirinha com seus dados pessoais. As pessoas que moram em outras regiões só podem ser atendidas na emergência.

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