São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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Figura do travesti garante sucesso de "Tootsie"

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

O travesti é uma das figuras mais clássicas do cinema. Brilha nos anos 30, em "Levada da Breca" (com Cary Grant), ou nos 50, em "Quanto Mais Quente Melhor" (com Tony Curtis).
"Tootsie" (CNT/Gazeta, 21h30) está nessa linhagem que aponta a bissexualidade como uma hipótese com fundamento psíquico profundo e, por isso, é objeto de um esforço de recalque proporcional.
No início dos anos 80 foi um sucesso, até por apontar outro fantasma frequente: o desejo masculino de conhecer o mundo feminino. Ali, Dustin Hoffman é o ator que se finge de mulher para arranjar emprego. Problema: ele se apaixona por Jessica Lange.
Os elementos de comédia lançados são tão bons que dá para lamentar o quê burocrático na direção de Sydney Pollack. Isso torna a sobrevida do filme um pouco problemática. Pelo mesmo motivo, pode-se ter a certeza de que o travestismo ainda não deu sua última palavra em matéria de cinema.
(IA)

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