São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996 |
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Mães com HIV não devem amamentar
JAIRO BOUER
O estudo foi apresentado ontem na 11ª Conferência Internacional de Aids, que acontece até amanhã em Vancouver (Canadá). O risco da transmissão do HIV da mãe para o filho durante a gestação e o parto varia de 13% nos países europeus para 25% nos países da África. Com a amamentação, esses riscos saltariam para 27,4% na Europa e para 39,9% em alguns locais da África. Marinella della Negra, infectologista do Hospital Emílio Ribas (São Paulo), disse que um outro estudo mais recente, indica que, na realidade, os riscos da transmissão materno-fetal chegariam, na África, a 50% quando a mãe soropositiva amamenta o seu filho. Em alguns países da África, a prevalência da Aids em adultos (número de pessoas da população que estão infectadas) chega a 18%. A maioria das crianças com HIV/Aids vive na África Subsaariana. Em certas regiões rurais desse continente, a incidência do HIV chega a 45%. Mesmo nesse contexto, o Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids) diz que, em algumas populações, o risco de uma criança -filha de uma mãe infectada- morrer desnutrida se não for amamentada é muito maior do que o risco de se contaminar pelo HIV. A Unaids recomenda a amamentação nessas populações. Alguns médicos de Uganda disseram, na discussão sobre transmissão materno-fetal, que essa recomendação é incompatível com a realidade de seu país. "Em Uganda a orientação para as mulheres é de não amamentar os filhos." Texto Anterior: EUA impõem sanções a empresa canadense; Colômbia tira chanceler acusado de "encobrir"; Grupo assume ataque contra Eduardo Menem; ETA explode bomba em ponto turístico; Droga de erva chinesa pode tratar malária; Descoberta proteína que regula o apetite Próximo Texto: Pesquisadores estudam alternativas a drogas antivirais Índice |
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