São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Polícia de Santos diz ter achado mulher procurada pela Internet

Foto divulgada na rede foi feita por cirurgião plástico

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A polícia de Santos (SP) informou ontem ter encontrado a mulher procurada pela polícia de São Paulo sob a acusação de praticar golpes com cheques roubados.
Na tentativa de localizá-la, a polícia paulistana chegou a colocar fotos dela na Internet, a rede mundial de computadores.
Segundo informação do 2º Distrito Policial de Santos (72 km a sudeste de São Paulo), ela se identifica como Betty Martins, 47, nome que os policiais não sabem se é verdadeiro.
Ela está presa desde o dia 2 de janeiro na cadeia feminina de Santos, anexa ao 2º DP, e foi reconhecida por um agente em uma fotografia publicada na edição do último dia 27 de maio do jornal "Notícias Populares", da mesma empresa que edita a Folha.
Ela foi denunciada em novembro passado ao 89º Distrito Policial, em São Paulo, pelo cirurgião plástico Leonard Eduard Bannett.
Segundo a polícia, ela é acusada pelo médico de pagar uma cirurgia plástica nas pálpebras e uma lipoaspiração com um cheque roubado no valor de R$ 9.000,00.
A foto divulgada na Internet foi feita pelo médico, antes da cirurgia. Depois da plástica, a paciente não permitiu novas fotos.
A acusada, que também teria emitido vários outros cheques roubados no comércio de São Paulo, foi presa em janeiro em Praia Grande, depois de ter fugido do presídio feminino do Butantã.
Os cheques usados foram roubados em agosto de 95 de um motoqueiro da empresa Speed Boy, que fazia a entrega de um lote de talões para clientes dos bancos Itaú, Bradesco e BMD.
Segundo a polícia, a acusada era considerada foragida pela Justiça e cumpria pena por vários crimes entre os quais estelionato e tráfico de drogas.
As impressões digitais da acusada serão enviadas para São Paulo para a confirmação por peritos da verdadeira identidade da mulher.
A ficha criminal da acusada revela que desde 1968 ela esteve presa em oito distritos policiais de São Paulo, na Penitenciária Feminina, em Tremembé (SP), e no presídio feminino do bairro do Butantã, na capital.

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