São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Contusão tira Carlão dos Jogos

Para jogador, decepção foi grande

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Carlão, 31, está fora da seleção brasileira masculina de vôlei.
O capitão do time foi cortado ontem à tarde da equipe devido ao estiramento na panturrilha direita, sofrido durante treino na última terça-feira.
Após avaliação do exame de ressonância magnética, realizado no hotel onde a seleção se encontra hospedada no Rio, ele foi comunicado de seu corte pelo técnico José Roberto Guimarães.
"Não consigo pensar direito. Estou me sentindo arrombado. É uma decepção muito grande", disse Carlão à Folha por telefone.
Segundo o médico Sérgio Cortes, que examinou o atacante, ele só poderá voltar a treinar daqui a três semanas, situação que inviabiliza sua participação na Olimpíada.
A seleção embarca para Atlanta no próximo dia 16. Os jogadores seriam comunicados do corte de Carlão no treino programado para ontem à noite.
Para o técnico Zé Roberto, que promete anunciar hoje o nome do substituto de Carlão (leia texto nesta página), a perda do atacante deixa a equipe em um "momento muito difícil".
"Ele vai fazer falta porque é um líder, tem garra, determinação e dá muita força ao grupo", afirmou.
Carlão iria disputar a sua terceira Olimpíada. Há 11 anos na seleção, ele ajudou o time a conquistar a medalha de ouro em Barcelona/92.
"Se pudesse, iria para Atlanta de qualquer jeito. Mas, não adianta ir se não vou poder entrar para jogar. É preciso se conformar", disse Carlão.
O capitão da seleção brasileira se tornou, desde 1986, o elo de ligação entre os jogadores e a comissão técnica.
Ajudou a equipe a superar a crise que tomou conta dos jogadores e da comissão técnica após o Campeonato Mundial disputado na Grécia, em 1994, quando a seleção terminou em quinto lugar.
O jogador, que chegou a pensar em deixar a seleção, reviu sua posição e aceitou disputar a Copa do Mundo, no Japão, em 1995, quando a equipe garantiu sua vaga para a disputa dos Jogos Olímpicos.
Segundo Carlão, ser cortado da seleção foi a "pior coisa" que ele sofreu em 13 anos de carreira.

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