São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Imposto do cheque; Retificação; Omissão; Carapuça; De réu a vítima; Má impressão; Ausência; Passatempo principal

DE RÉU A VÍTIMA

Imposto do cheque
"Se não bastasse a fortuna que o contribuinte está pagando aos congressistas pela convocação extraordinária, eles resolvem impingir mais um tributo à sociedade, tirando recursos de quem gera empregos e riqueza, transferindo para o Estado, falido e mal-administrado.
O presidente está desperdiçando o talento do ministro. Já que ele não tem talento para cuidar do Ministério da Saúde, certamente tem talento para aumentar a arrecadação de tributos."
Valter Osvaldo Reggiani (São Caetano do Sul, SP)
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"A foto da pág. 1-4 de 11/7, em que deputados comemoram, é aviltante: eles estão rindo de nós!
Parecem comemorar um gol, mas estão rindo às gargalhadas dos patos que não temos como reagir diante de tamanha falta de sensibilidade com a situação de aperto que vivemos."
João V.F. Viggiani (Marília, SP)

Retificação
"Venho solicitar a retificação de um erro cometido pelo repórter Fábio Sanchez em sua reportagem 'Assembléia aprova privatizações em SP' (27/6).
Não foram 'os integrantes das bancadas do PT e do PPB que fizeram o possível para evitar a aprovação...', mas sim as bancadas do PT e do PCdoB que, juntamente com o PSB, se empenharam contra a aprovação do Programa Estadual de Desestatização.
Quando de sua votação, na noite de 25 para 26 de junho, a bancada do PCdoB esteve no plenário até o raiar do dia, tendo, unanimemente, votado contra a desestatização proposta pelo senhor governador do Estado.
O PPB, contudo, não 'fez o possível para evitar a aprovação', como erroneamente informou o sr. Fábio Sanchez.
Muito pelo contrário. Seu líder -que mereceu destaque na referida reportagem- nem sequer votou, uma vez que abandonou o plenário antes da votação.
Apenas dois dos sete representantes do PPB votaram contra."
Jamil Murad, deputado estadual, líder do PCdoB (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fábio Sanchez - O PT entrou com uma ação no Tribunal de Justiça contra a tramitação do projeto e o líder do PPB na Assembléia fez uma denúncia de corrupção. São as duas ações mais contundentes feitas contra a aprovação do projeto. A reportagem cita que partidos de oposição apóiam a denúncia, o que contempla o PCdoB.

Omissão
"Em 19/5 a Folha publicou a reportagem com o título 'Ouse nas panelas e cozinhe com estilo'.
A Tramontina, líder absoluta do mercado brasileiro de panelas de aço inox, nem sequer foi citada."
Clovis Tramontina, presidente da Tramontina (Carlos Barbosa, RS)

Carapuça
"No dia 11/7, na seção 'Painel', foi publicado que 'a Igreja Universal caiu no colo de Pitta' e que 'Pitta participou da distribuição de alimentos junto com entidade assistencial de Edir Macedo'.
Cumpre-nos, entretanto, afirmar que somente o Conselho de Bispos da Igreja Universal do Reino de Deus tem autoridade para definir os rumos políticos da igreja e que a Associação Beneficente Cristã sempre convidou políticos, independente da agremiação partidária, a participarem de seus eventos.
Aliás, para o evento citado, foram convidados os candidatos Francisco Rossi, Luiza Erundina, José Serra, João Leiva e o próprio Pitta.
A posição da ABC (Associação Beneficente Cristã) é apoiar atitudes que tragam benefícios concretos à população. Se a carapuça da incompetência servir para alguém, o que podemos fazer?"
Ronaldo Didini, presidente nacional da ABC -Associação Beneficente Cristã (São Paulo, SP)

"Inaceitável a publicação, na Revista da Folha de 30/6, da entrevista de PC Farias a Cosette Alves. Nela fala-se de tudo, inclusive das sobras de campanha, menos do esquema de corrupção que comandou, como apurado na CPI do Congresso Nacional e objeto, ainda, de apreciação judicial.
A figura de PC, na entrevista, surge quase como vítima de todo o esquema em que se viu envolvido.
O tamanho e a primeira página em que foi publicada em 1º/7 a fotografia de Cláudia Dantas, no meu entender, estão na mesma linha da Folha, no caso, de se preocupar com aspectos menos importantes da vida de PC Farias, contribuindo para alienar mais os leitores menos avisados."
Edgard Amorim (Belo Horizonte, MG)

Má impressão
"Li o artigo 'Universidade protegida em atmosfera de bolha' (18/7), de Marilene Felinto.
Sinto pela má impressão que teve com um colega da USP. A generalização, entretanto, talvez não seja muito apropriada. Vários jornalistas têm me procurado e, na maioria das vezes, têm recebido a atenção devida, mesmo fora de horário de trabalho.
Digo a maioria das vezes porque, algumas vezes, eles são muito insistentes, solicitando mesmo que aulas sejam interrompidas para atendê-los.
Infelizmente, o mesmo atendimento não recebi da Folha. Tentei conversar com jornalistas que jamais telefonaram-me de volta.
Tentei consultar os arquivos da Folha, mas era tão caro que foi mais fácil encontrar as informações na Mário de Andrade, apesar de ter sido mais trabalhoso.
Não me queixei disso, pois não tenho espaço na imprensa para tornar pública essa indiferença da Folha com os pesquisadores que vão até ela em busca de informação.
Conversando com outros colegas, alguns, entretanto, não tiveram a mesma dificuldade. Foram muito bem recebidos e obtiveram toda a informação que era necessária."
Waldemar Ferreira Netto, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Ausência
"Assistindo a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos, em 10/7 pela manhã, graças à televisão a cabo que transmite a TV do Senado, pude acompanhar a acalorada discussão sobre a emissão de Letras Financeiras para o nosso Estado.
Pergunto: onde estava José Serra, senador candidato a prefeito? Não deveria estar defendendo os interesses do Estado de São Paulo naquela comissão, até por ser do seu partido o governador necessitado daquela aprovação?
Pois não estava. Quem se destacou em defesa de São Paulo, discutindo e apresentando emenda para viabilizar a aprovação, foi o nosso senador Eduardo Suplicy (PT-SP)."
Carlito Maia (São Paulo, SP)

Passatempo principal
"Não me diga, por obséquio, que eu descobri a pólvora. Assim, permita-me a afirmativa: a Folha é espetacular.
Com 86 anos, fazendo da leitura o meu principal passatempo, é com ansiedade que, diariamente, aguardo à tarde o regresso do genro que traz o exemplar, que me propicia a satisfação de umas duas horas de leitura.
Eu escrevi 'duas horas' e me explico: é que eu leio a Folha da primeira à última página."
Francisco Xavier Pessoa Monteiro (Recife, PE)

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