São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Serra faz críticas a Maluf e Erundina
CARLOS EDUARDO ALVES
Ainda que timidamente, o tucano começou a criticar o prefeito Paulo Maluf (PPB) e Luiza Erundina (PT), líder na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Serra atribuiu à "política viária distorcida" o caos do trânsito na cidade. "Existem poucos corredores de ônibus e só há anúncio de concorrências", afirmou o candidato, numa referência ao atual prefeito. O tucano criticou ainda o fato de a construção e gerenciamento dos corredores de ônibus não serem entregues à iniciativa privada. A opção pelas grandes obras viárias é uma das características da gestão Maluf. Administração petista Para Erundina, sobrou o questionamento à "administração social" que a petista teria feito em São Paulo (89 a 92), segundo o discurso da candidata. "Acho discutível que a administração dela tenha sido tão social assim", afirmou. Serra argumentou que Erundina teria pavimentado menos da metade do total de 1.050 km de ruas que teriam recebido o benefício na gestão de Mário Covas na Prefeitura de São Paulo (83 a 85). O transporte na gestão petista também foi criticado pelo tucano. "As passagens subiram muito acima do custo de vida", declarou Serra. Uma abordagem mais agressiva em relação aos adversários vinha sendo cobrada por setores do PSDB de São Paulo. Com a oscilação de 20% para 17% na pesquisa Datafolha, Serra decidiu, ainda que em tom ameno, aceitar a sugestão. Rua Serra fez campanha de rua ontem no bairro central do Cambuci. Visitou uma feira livre, onde ouviu alguns gritos de "Rossi", e recebeu cumprimentos efusivos, principalmente de eleitoras idosas. A prioridade do PSDB agora é o programa de TV do candidato no horário gratuito, que começa no dia 2 de agosto. O investimento será pesado. A produtora que trabalha para Serra contratou, com salários acima dos pagos no já valorizado mercado de marketing político, alguns dos principais auxiliares de Duda Mendonça, que faz a propaganda de Celso Pitta (PPB) na mídia eletrônica. A campanha de Serra já dá sinais externos de que, a exemplo do que ocorre com a do candidato malufista, não sofrerá com a falta de dinheiro. Durante a caminhada no Cambuci, não houve economia na distribuição de bandeiras e bonés. Texto Anterior: Senado deve aprovar troca de US$ 10 bi em títulos Próximo Texto: Erundina diz que há 'oportunismo' de FHC Índice |
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