São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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'Espião' vai do alambrado ao software
MÁRIO MAGALHÃES
Ele preparou em um notebook gráficos sobre sistema, táticas e jogadas do Japão, adversário do Brasil na estréia nos Jogos olímpicos, domingo, em Miami (EUA). Os gráficos foram reproduzidos em impressora a cores, comprada nos Estados Unidos. O observador tem um programa (software) especial para produzir desenhos. Em contraste com a tecnologia usada para informar didaticamente a comissão técnica sobre outras equipes, Jairo dos Santos é obrigado a improvisar para obter dados. Os gráficos sobre a seleção japonesa são resultado, em parte, de uma partida de sábado, entre o time asiático e o México. O jogo-treino foi realizado no campo de uma escola em Orlando, ao norte de Miami. Sem credencial, o observador brasileiro viu a partida atrás de um alambrado. Com um microgravador à mão, ele ditava para si mesmo impressões sobre o modo japonês de jogar. Espionagem institucional O trabalho dos "espiões" é cada vez mais institucional. Jairo assistiu à partida de sábado de longe do gramado porque ainda não estava credenciado como membro da delegação olímpica, o que ocorreu anteontem. Agora, ele tem direito de assistir a qualquer partida, mas pode ser barrado em treinamentos. Suas impressões sobre a seleção japonesa foram negativas. "O melhor jogador do Japão é inferior a qualquer dos brasileiros. Eles estão em outro nível, bem inferior." Um vídeo de outro jogo do Japão o ajudou na elaboração do relatório. A partir de sábado, Jairo viajará quase todos os dias para observar adversários certos e eventuais. Ontem, um homem filmou um treino do Brasil, um bate-bola despretensioso. Ele disse ser haitiano e fã do futebol brasileiro. Texto Anterior: Ana Moser 'apita pinos' na Vila Olímpica Próximo Texto: Fã nigeriano vê treinos Índice |
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