São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Trio do pianista McCoy Tyner impressiona em Montreux
CARLOS CALADO
O trio do pianista americano McCoy Tyner -que destaca como convidado o saxofonista Michael Brecker- foi responsável pelo concerto mais impressionante do evento até agora. O alto grau de perfeição e energia envolvidos na performance do grupo deixou a platéia perplexa. Não bastassem os improvisos sofisticados de Tyner e Brecker, o baixista Avery Sharpe e o baterista Aaron Scott quase roubaram o show. A apresentação do grupo de jazz foi o ponto alto de uma noite que, curiosamente, quase começa com um fiasco -graças a uma cerimônia oficial, introduzida no programa sem aviso. Nem o produtor Quincy Jones, o diretor do festival, Claude Nobs, e familiares dos jazzistas John Coltrane e Charles Mingus escaparam das vaias, no lançamento de série comemorativa de selos do Correio dos EUA. No papel de mestre de cerimônias, Quincy Jones foi obrigado a intervir várias vezes para que as vaias não tomassem conta da platéia. "Música! Música!", exigiam os mais irritados. Até mesmo o prometido encontro musical de McCoy Tyner com o saxofonista Ravi e a cantora Michelle -filhos de seu ex-parceiro John Coltrane- foi afetado. Nervosa pelo incidente, Michelle atravessou os vocais da canção "My Favorite Things", em verdadeiro anticlímax. Na verdade, a melhor homenagem que poderia ser feita ao saxofonista, morto há quase 30 anos, aconteceu uma hora depois, quando Michael Brecker e o trio de Tyner lembraram a coltraneana "Impressions". O jornalista Carlos Calado viaja a convite das gravadoras EMI, PolyGram e Wea. Texto Anterior: Paralamas e Science dividem palco francês Próximo Texto: Começa no Rio primeira feira de CD Índice |
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