São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996 |
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PF desenvolve projeto paralelo ao Sivam LUCAS FIGUEIREDO LUCAS FIGUEIREDO; WILLIAM FRANÇA
O governo desenvolve projeto paralelo ao Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) para monitorar rotas de contrabando na região amazônica. A Folha apurou que o governo estuda a compra de equipamentos de controle do espaço aéreo de fabricação canadense que pode incluir um radar. Os equipamentos constam do projeto Pró-Amazônia, orçado em US$ 248,65 milhões. A idéia é conseguir US$ 170,85 milhões com financiamentos externos e complementar os US$ 77,8 milhões restantes com recursos do Orçamento. O controle das vias fluviais será feito por agentes da Polícia Federal e funcionários da Receita Federal, baseados em quatro municípios: Tabatinga (AM), Vilhena (RO), Óbidos (PA) e Pacaraima (RR). "Estamos fechando os rios e tão logo fecharemos o ar", disse ontem o ministro Nelson Jobim (Justiça), ao anunciar a implantação da base fluvial de Óbidos. Independente Segundo o ministro, o sistema de "fechamento" da Amazônia pelo ar é "independente do Sivam". Aprovado no dia 23 de maio pelo Senado depois de atravessar crise de seis meses, o Sivam tem como objetivo monitorar a Amazônia por meio de radares e satélites. Ao defender o projeto, orçado em US$ 1,4 bilhão, o governo utiliza, entre outros argumentos, o fato de que o sistema irá colher informações que podem ser usadas para conter o contrabando. Segundo a Folha apurou, a PF considera o Sivam essencial para controlar a Amazônia, mas prefere trabalhar com um sistema próprio de segurança que não esteja ligado diretamente aos militares. O Sivam será controlado pela Aeronáutica e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. A PF também fechou um acordo com empresas fornecedoras de combustíveis para identificação de aviões que se abastecem nos aeroportos da região. As bases fluviais da PF e da Receita terão como prioridade conter o contrabando de drogas, madeira, minério e gado. O posto de Óbidos, que estará funcionando em agosto, será instalado em uma balsa, que ficará no ponto mais estreito do rio Amazonas, com 1.800 m de extensão. A base de Tabatinga já está em funcionamento. Os postos de Vilhena e Pacaraima estão em fase de implantação. Texto Anterior: Justiça contraria Maluf e veta propaganda eleitoral em táxis Próximo Texto: Comunidade Índice |
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