São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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Estudo divulga dado errado
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
O hospital Carlos Chagas, em Candeias (a 240 km de Belo Horizonte), foi considerado o pior hospital do país em mortalidade materna devido a erros no preenchimento da AIH (Autorização de Internação Hospitalar), documento usado para cobrança dos serviços prestados ao SUS. O aumento da mortalidade em São Paulo não foi detectado por meio desse documento. O Comitê de Mortalidade Materna checou todas as declarações de óbito de mulheres entre 10 e 49 anos. Em Candeias, o Datasus informava que morreram 7 mães em 145 partos. Seriam 4,8 mortes a cada 100 partos -ou 2,6 vezes o pior índice do mundo, o de Serra Leoa. Os mortos eram fetos. A Agência Folha localizou anteontem na área urbana de Candeias 4 das 7 mães tidas como mortas. Não foi possível localizar as demais porque, em sua ficha hospitalar, consta endereço na zona rural ou em outro município. A direção do hospital diz que a digitadora registrou a morte dos fetos no campo do formulário destinado ao registro das condições de saúde da mãe, provocando o erro. Confusão idêntica ocorreu no Hospital das Damas, de Osasco, que aparece com a segunda maior taxa de mortalidade. As três mães tidas como mortas estão vivas. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: 'Não tinha mais força e arrebentou por dentro' Próximo Texto: Maternidade reduz morte sem gastos Índice |
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