São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Brasil pega Canadá e inicia 'jogo duplo' na Olimpíada

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A ATLANTA

Atuais campeãs do mundo, as jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete partem hoje para um jogo duplo.
O primeiro envolve a conquista da primeira medalha olímpica. O segundo, um contrato na NBA feminina, que deverá ser implantada nos EUA, no ano que vem. O Brasil estréia o Canadá, hoje, às 11h de Brasília, no Morehouse College.
"A NBA é um interessante mercado. Os americanos gostam do nosso estilo. Já houve sondagem sobre mim, Paula e Marta. Mas, agora, o objetivo é um só: ganhar a medalha", declarou a ala Janeth.
A cestinha Hortência, que havia anunciado o fim de sua carreira e voltou para atuar na Olimpíada, trouxe a Atlanta o filho, João Victor, de cinco meses, que fica sob os cuidados de uma babá.
"Não vejo dificuldade contra o Canadá, mas não pode haver vacilo", afirmou Hortência, 36.
Os jogos contra as canadenses costumam ser equilibrados, mas as brasileiras têm levado vantagem. Em maio, venceram (92 a 90).
Recentemente, em Toronto, Canadá, voltaram a vencer duas vezes (por 83 a 72 e por 69 a 68).
O Brasil disputou 12 jogos -ganhou 5 e perdeu 7- em 22 dias, fato que prejudicou a preparação. Mas se recuperou nos últimos dias, quando só treinou.
"Nosso time amadureceu", disse a armadora Paula, que divide com Hortência a liderança do equipe. A jogadora aponta os EUA como favoritos do torneio. "Aqui é a terra do basquete, o principal centro da modalidade", falou.
O técnico Miguel Ângelo da Luz tinha definido a equipe titular com Hortência, Paula, Marta, Janeth e Leila. Mas ele pode trocar a pivô Leila pela também pivô Alessandra, que se destacou na vitória contra a Ucrânia, por 78 a 70, no último jogo da preparação.
"Jogamos em velocidade e melhoramos a marcação para vencer a Ucrânia. Esses detalhes serão fundamentais para ter êxito na Olimpíada", disse.
Completam a equipe: Branca, Adriana, Roseli, Cíntia Tuiú, Cláudia Pastor e Silvinha, que tem sido poupada por causa de uma tendinite do joelho direito.
Na equipe canadense, a ala Bev Smith, 36, é a jogadora mais experiente. Outros destaques são as alas Andrea Blackwell, Kelly Boucher e Cynthia Johnston e a pivô Marlelynn Lange-Harris.

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