São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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Japão utiliza espião, muda equipe e faz treino secreto
MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES
O espião, Hideki Matsunaga, conseguiu se infiltrar, andando junto com uma equipe da rede de TV NHK. Ele assistiu a quase todos os treinos do Brasil em Miami. Tinha inclusive credencial de jornalista. Por falar português, conseguiu até entrevistar jogadores. O espião se desmascarou diante da Folha na chegada da delegação japonesa a Miami, na sexta-feira à tarde. Ele trabalha como assistente do chefe da delegação. O relatório que Matsunaga entregou ao técnico Akira Nishino aponta o meia-atacante Juninho como o jogador-chave do Brasil. Para tentar vencer, Nishino decidiu mudar a equipe, mas mantém suspense sobre a escalação. Na sexta-feira, ele comandou um treino secreto no estádio Orange Bowl, onde ensaiou jogadas em cobrança de faltas e escanteios. As jogadas devem ser todas rasteiras, já que o jogador mais alto, o goleiro Kawaguchi, tem 1,81 m. No final, Nishino (pronuncia-se "Nichinô") disse que quer seu time no ataque, mas admitiu que não crê muito que isso aconteça. O meia-ofensivo Maezono, destaque do time, também acha que os japoneses vão atuar na defesa. Ele afirmou que correr atrás dos adversários pode cansar antes os jovens japoneses -todos nascidos após 1972- que os brasileiros, mesmo os mais velhos, como Aldair, 30, e Bebeto, 32. (MD e MM) Texto Anterior: O risco de ser favorito Próximo Texto: Guerra ou paz? Índice |
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