São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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Regatas podem causar danos para tartarugas em extinção

Savanah, área das provas, é local de reprodução dos animais

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A disputa das provas de iatismo na Olimpíada pode prejudicar a reprodução de milhares de tartarugas ameaçadas de extinção.
As regatas acontecem em Savannah (400 km a leste de Atlanta), próximo às praias que as tartarugas normalmente usam para desova. As tartarugas recém-nascidas demoram até 12 horas para chegar às águas.
A preocupação dos ambientalistas norte-americanos é com o fato de que esses animais sejam prejudicados pela presença dos competidores e do público.
O Serviço Americano de Peixes (USFWS) está trabalhando junto com o comitê organizador dos Jogos tentando minimizar os danos.
"É claro que elas sofrerão algum impacto, mas junto com o Acog (Comitê Organizador dos Jogos) estamos tomando as precauções", disse o biólogo John Robinette.
Os ambientalistas têm realizado patrulhas nas áreas de reprodução tentando reduzir os danos.
Segundo Robinette, há cerca de 130 ninhos de tartaruga, com 110 a 120 ovos em cada.
"Às vezes nós temos 90% de sucesso na proteção desses ninhos", afirmou o pesquisador.
Oficiais do comitê estão distribuindo folhetos sobre as tartarugas na Vila Olímpica e na região da marina, em Savannah.
Os competidores têm reclamado que o local das regatas fica numa área muito distante da marina.
Ontem foram realizadas duas regatas de cada classe. Torben Grael e Marcelo Ferreira lideram a Star.
Na Laser, Robert Scheidt, que sofreu duas penalizações, ocupa o 3º lugar na classificação geral. Christoph Bergmann subiu para o 5º lugar na classe Finn.

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