São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996 |
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'Viagem Mágica' lança diretora boa de narrativa e ruim de luz
EDSON FRANCO
Mulher de Bernardo Bertolucci, Peploe escreveu os roteiros de "Zabriskie Point" e "La Luna". Esse currículo garante a fluidez com que a história de "Viagem Mágica" é contada. No que diz respeito à narrativa, faltou pouco para a diretora controlar todos os absurdos que tinha a sua disposição. O problema de Peploe é a falta de domínio da luz. Seu filme é sombrio mais por incompetência do que por opção. Nem o frescor juvenil da interpretação de Bridget Fonda proporcionou a luz necessária. Ela é Myra, assistente de um mágico. Este é assassinado diante dos olhos da assistente. O autor da façanha é o namorado de Myra e candidato a senador nos EUA. Para cumprir uma promessa que havia feito ao mágico, Myra foge para o interior do México. Lá, encontra uma índia com a qual participa de uma liturgia para aumentar o poder de suas magias. Todo o trajeto de Myra pelo México é acompanhado por um detetive contratado pelo namorado. O lado mais delicioso do filme são algumas cenas em que magia e humor se fundem. Mas é pouco. No final, adultos vêem o filme como infantil, devido ao excesso de fantasia. Por sua vez, as crianças não têm bagagem para perceber outras implicações da trama. "Viagem Mágica" é complicado demais para ser tocado por uma diretora que ainda não domina todos os aspectos do cinema. Vídeo: "Viagem Mágica" Direção: Clare Peploe Elenco: Bridget Fonda e Russell Crowe Distribuição: Top Tape (tel. 011/826-3066) Texto Anterior: Filme vive do fetiche Próximo Texto: Os mais retirados da semana Índice |
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