São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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Ministros vão apoiar tucano com obras

SÔNIA MOSSRI

SÔNIA MOSSRI; GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal vai socorrer a candidatura de José Serra com operação que inclui lançamento de projetos federais e participação de ministros do PSDB.
O Palácio do Planalto já acionou os ministros Antonio Kandir (Planejamento), Sérgio Motta (Comunicações), Clóvis Carvalho (Gabinete Civil) e Paulo Renato Souza (Educação) para montar agenda de inaugurações em São Paulo.
Os quatro ministros preparam eventos de financiamento para programas de habitação, saneamento, melhoria de escolas básicas e ampliação de terminais de telecomunicações na capital.
A idéia do Planalto e da cúpula do PSDB é mostrar que a proximidade de Serra com o governo federal seria vantajosa à população de São Paulo caso fosse eleito.
A Folha apurou que o presidente Fernando Henrique Cardoso resistiu até agora às pressões da cúpula do PSDB para que o governo conceda um abono para quem ganha um salário mínimo.
Durante reunião realizada na noite de quarta-feira da semana passada, FHC discutiu com Motta e com o secretário-executivo do PSDB, deputado Arthur Virgílio, mecanismos para ajudar Serra.
Os tucanos temem o provável bombardeio que ele sofrerá na campanha por causa do aumento do desemprego e do valor atual do salário mínimo (R$ 112).
O porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral, disse ontem que FHC classifica como "normal" a participação de ministros na campanha eleitoral.
Segundo Amaral, o presidente não tomará parte da campanha nem permitirá o uso da máquina.
A cúpula responsável pela campanha do ex-ministro definiu que, nos primeiros dez dias de horário eleitoral gratuito, a partir de sexta-feira, o tempo será ocupado integralmente por Serra. Com base em pesquisa, a assessoria de Serra detectou que 53% dos paulistas desconhecem sua candidatura.
Ministros tucanos já começaram a gravar depoimentos. O primeiro a falar foi Paulo Renato, que viveu com Serra no Chile.

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