São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Jogadores treinam com TV e recebem 'pitos indoor'
MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES
O "professor" é o técnico Zagallo, e o assunto dos vídeos são os jogos da própria seleção. Desde a derrota para o Japão, Zagallo decidiu tornar obrigatório que, um dia após cada jogo, a seleção veja como atuou e, principalmente, o que errou. "Usar a TV é a melhor maneira de ver nossas falhas", disse o reserva Marcelinho. "Melhor do que falar é mostrar o que aconteceu." O meia Juninho diz ter aproveitado as "aulas". "Vendo o jogo contra o Japão, percebi que não podíamos ter perdido pelo número de chances criadas e perdidas." Juninho, segundo Zagallo, foi o jogador que mais evoluiu desde o início da competição. Embora os jogadores possam comentar os lances, é Zagallo quem fala mais, às vezes num tom duro. Zagallo comenta os erros e faz críticas ao time em certos lances. Quando quer ser mais preciso nos comentários, passa o lance em câmara lenta ou até pára o VT. Essa é a primeira vez que são obrigados a ver os seus jogos. No Pré-Olímpico, a comissão técnica não se empenhava tanto em conseguir as fitas. O supervisor Américo Faria vê uma vantagem extra nessa atividade. "Ela substitui um treino tático, até com algumas vantagens, e não cansa os jogadores." Para ele, num torneio com 6 jogos em 14 dias, o repouso é tão fundamental quanto o treino. (MARCELO DAMATO e MÁRIO MAGALHÃES) Texto Anterior: Argentina disputa final do torneio Próximo Texto: Isolamento provoca problemas à seleção brasileira Índice |
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