São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Adjani faz a história
MARCELO REZENDE
Margot é a mulher apaixonada e enlouquecida que se casa em nome da pacificação de protestantes e católicos na França do século 16. O resultado é pífio. Apesar de todos esforços tudo termina em um grande massacre, motivado pela ambição -típica, nos faz crer Chéreau- da realeza. Adjani, a pequena argelina rebelde de olhos azuis, tantas vezes condenada e exaltada em seu país, faz de Margot um personagem trágico. Uma mulher que se inicia na devassidão amorosa para terminar como uma vítima do desentendimento do mundo. Sem dúvida há grandeza, esse "maior que a vida" que faz com que alguns homens, e mulheres, sejam os agentes da história. Mas a isso Adjani incorpora um tom de fraqueza, de lama sob os pés. Assim, ela concede ao desespero da bela e terrível Margot um digno toque de humanidade. Texto Anterior: Basqueteira ganha porque perereca pula! Próximo Texto: Documentário registra via-crúcis do futebolista Índice |
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