São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996 |
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Maioria não terá orientação em 96
SILVANA DE FREITAS
As preocupações com a eficácia do voto em urna eletrônica limitaram a campanha ao eleitorado das capitais e médias e grandes cidades, onde a votação será eletrônica. Cerca de 100 milhões de eleitores estão aptos a votar em 3 de outubro. A votação será eletrônica em 57 cidades -capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores-, que possuem um eleitorado de 33 milhões de pessoas. Três minutos A partir de terça-feira, as emissoras de rádio e TV vão destinar três minutos da programação diária para a veiculação de peças publicitárias com explicações sobre a forma de utilização da máquina. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, disse ontem que seria importante prestar esclarecimentos também aos eleitores do interior. Segundo ele, não há recursos. "Seria interessante para o aprimoramento da democracia, mas nós não dispomos de numerário no orçamento para essa campanha", afirmou. O TSE dispõe de R$ 6 milhões no orçamento para despesas com publicidade nessas eleições. Desse total, R$ 4,45 milhões ainda não foram gastos, mas podem ser usados para pagar a veiculação dos filmes nas TVs. Seis minutos Marco Aurélio disse que pedirá às emissoras, por intermédio da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), a ampliação da veiculação gratuita para seis minutos diários. A lei eleitoral -nº 9.100- prevê a utilização de três minutos, diluídos na programação diária. A campanha foi preparada gratuitamente pela agência Master Comunicação e Marketing, de Curitiba, segundo o TSE. Foram preparados 12 "filmetes" para TV e 8 spots para rádio, com 30 segundos de duração. O slogan é "Voto eletrônico: é mais fácil votar assim". Abstenção Mello disse que a obrigatoriedade de apresentação de documento oficial com foto na seção eleitoral deve provocar "um alto grau de abstenção". A lei nº 9.100 exige a apresentação de documento como carteira de identidade ou de trabalho para o eleitor votar. Alguns "filmetes" de TV insistem nessa necessidade. Muitos eleitores podem deixar de votar por não ter esses documentos. Marco Aurélio de Mello disse que a abstenção nas cidades pequenas poderá ser de 20% a 30%. Texto Anterior: O Real de Serra Próximo Texto: Chaplin disputa na Paraíba Índice |
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