São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Filósofo defende fim de sigilo
FERNANDO ROSSETI
Todas as agências de fomento à pesquisa e as revistas da área -sempre mantidas por verbas estatais- não revelam o nome das pessoas que julgam os pedidos de verba ou publicação. Isso é "encoberto com o nome decoroso de 'ética acadêmica"', disse Romano, na mesa redonda "Universidade: Relações de Poder, Democratização e Reforma". A proposta surgiu a partir da crítica do filósofo às políticas do governo Fernando Henrique Cardoso para a educação. "Todas as medidas educacionais do presente governo foram tomadas no segredo dos gabinetes, longe do debate público. "Se quisermos moralizar, é preciso que isso comece em nossa própria casa", desse Romano, que também defendeu mais transparência nas contas das fundações universitárias. Aplausos Na mesma linha, o ex-reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Horácio de Macedo, iniciou fala emocionada reconhecendo que "nós temos errado na discussão da universidade, porque essa discussão está sendo dissociada do resto da sociedade". "Em volta da universidade tem uma redoma, uma coisa sutil que impede que ela seja um reflexo do que está acontecendo na sociedade", disse o ex-reitor, que defendeu um "ensino libertário" e foi aplaudido em pé pelo público. (FR) Texto Anterior: Municípios querem verba para supletivo Próximo Texto: São Paulo assina plano ambiental Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |