São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Estado coloca PM para reforçar segurança

DA SUCURSAL DO RIO

O vice-governador do Rio, Luiz Paulo Corrêa da Rocha, disse ter determinado o reforço da segurança dos trens, mas argumentou que "não existe sistema ferroviário ou metroviário no mundo que possa ter segurança absoluta".
Ao ser lembrado que o sistema de trens suburbanos do Rio conta apenas com 500 policiais ferroviários, Corrêa da Rocha disse que a segurança foi reforçada, com policiais militares sendo espalhados por áreas do sistema.
Esse reforço, segundo o secretário da Segurança, general Nilton Cerqueira, foi de 100 a 120 homens do Batalhão de Choque. Cerqueira disse que outras operações do batalhão tiveram de ser adiadas por causa desse deslocamento.
Em entrevista ao lado de Cerqueira, no Palácio Guanabara, Corrêa da Rocha disse que cabe agora ao governo "se resguardar mais", reforçando a segurança da Flumitrens.
Ele classificou a suposta sabotagem ao sistema de tráfego dos trens suburbanos de "um ato terrorista" que só pode ter sido produzido por "uma mente doente".
"Uma ou mais pessoas estão praticando atos de sabotagem, de terrorismo", disse. Ao defender o sigilo das investigações, ele afirmou que não podia falar agora sobre "os possíveis autores desses atos de sabotagem".
Corrêa da Rocha informou que Cerqueira designou o delegado-titular da 30ª DP (Delegacia de Polícia, em Marechal Hermes, zona oeste), Hércules Pires do Nascimento, para investigar o caso.
O vice-governador disse que, tecnicamente, não tinha mais dúvidas de que foi um ato de sabotagem, mas que só a investigação policial poderá dar "o veredicto" sobre o caso, "quando os sabotadores forem descobertos".
Corrêa da Rocha disse que, por envolver o trânsito de milhares de passageiros, o sistema estaria sempre sujeito à possibilidade de alguém invadir uma área restrita, "principalmente à noite".
Ele disse que embora não fosse impossível, uma "pessoa comum" teria dificuldade em chegar aos locais das supostas sabotagens.
Corrêa da Rocha afirmou que não poderia afirmar se o suposto crime teria sido praticado por funcionários ou ex-funcionários demitidos da empresa.

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