São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Dólar comercial fica abaixo da minibanda

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

A enxurrada de dólares despejados pelo Banco Central (BC) nos leilões de quarta e quinta-feiras continuou pressionando para baixo as cotações da moeda norte-americana ontem.
O dólar comercial fechou a R$ 1,0094 para compra e a R$ 1,0096 para venda -abaixo da minibanda de variação cambial.
No mercado futuro, a expectativa de desvalorização cambial voltou a ceder.
Os contratos de câmbio futuro da BM&F projetavam desvalorização na casa de 0,7%.
No dia anterior, a projeção já havia cedido para 0,8%, bem abaixo do 1,2% de quarta-feira, quando boatos sobre possível mudança na política cambial Argentina agitaram as mesas de câmbio no Brasil.
Muitos bancos tentaram vender as divisas adquiridas nos leilões do BC, contribuindo para derrubar ainda mais as taxas.
A autoridade monetária esteve fora dos negócios ontem. A previsão é que o BC permaneça distante das operações por mais alguns dias. Isso seria uma forma de o BC penalizar quem comprou dólares na euforia dos boatos.
Apesar de os juros terem recuado no mercado futuro, no interbancário, as taxas ganharam um pouco mais de fôlego devido à pressão de custo que os dólares estariam fazendo nas mãos de algumas instituições financeiras.
Mesmo com muita gente querendo vender sem encontrar muitos compradores, o volume de negócios foi normal. É que, passada a especulação, os exportadores retornaram ao mercado.
Bovespa Indicadores econômicos dos Estados Unidos, divulgados logo pela manhã, mostrando que a economia norte-americana não estaria tão aquecida quando se previa ditaram os rumos da Bolsa de Nova York.
O índice Dow Jones subiu 1,52%. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e a Bolsa argentina acompanharam a tendência de alta do mercado internacional.
O índice Bovespa teve alta de 1,37%, com 63.635 pontos. O volume financeiro da Bolsa paulista ficou em R$ 439,3 milhões.
Em Buenos Aires, o Merval avançou 3,31%, com valorização acumulada de quase 10%, na primeira semana da gestão do ministro Roque Fernández (Economia).

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