São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Guarda queria ser 'o herói da Olimpíada'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

"Se algo acontecer na Olimpíada, eu quero estar no meio", disse o vigia Richard Jewell, 33, principal suspeito do atentado a bomba no parque Centenário.
A afirmação de Jewell foi revelada ontem pelo jornal norte-americano "The Washington Post".
O vigia a teria feito a colegas de trabalho do colégio Piedmont, onde trabalhava antes de ir para a empresa de segurança que o emprega atualmente.
Os mesmos colegas, cujos nomes o jornal não cita, dizem que se lembravam de Richard afirmando que queria ser "o herói da Olimpíada", assim que ele soube da possibilidade de trabalhar como vigia nos Jogos.
Ontem o FBI (Birô Federal de Investigação) manteve silêncio sobre o caso e, contrariando as expectativas, não divulgou os resultados da busca que realizou no apartamento de Jewell.
Único suspeito
Jewell continua sendo o único suspeito publicamente conhecido do caso.
A bomba explodiu no último sábado, à 1h20 (2h20 em Brasília), deixando dois mortos e 111 feridos, nove ainda estão hospitalizados.
Ontem foi enterrada uma das vítimas, a norte-americana Alice Hawthorne, 44, em Albany (Geórgia, sul dos EUA).
Ela estava com a filha em Atlanta para assistir aos Jogos. A filha ficou ferida.
A outra vítima foi o cinegrafista turco, Milih Uzunyol, 37, que sofreu ataque cardíaco logo após a explosão.

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