São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Soma de multas ultrapassa R$ 2 milhões

ROGERIO SCHELEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Operação Rodízio multou, até as 13h de ontem, 20.053 carros. Cada multa vale R$ 100, o que aponta para uma perspectiva de arrecadação próxima de R$ 2 milhões em dois dias para o Estado.
O número de multas caiu no segundo dia, fato atribuído pela Secretaria do Meio Ambiente ao aumento da adesão à operação.
Na segunda, 8.332 autuações foram feitas no período da manhã. Durante todo o primeiro dia da operação foram multados 14.784 carros. Ontem, em meio período, foram 5.269.
O secretário do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, afirmou que a Operação Rodízio pode ser considerada "um sucesso".
Ele atribuiu 45% da obediência ao rodízio à multa. "Os outros 45% seria a adesão espontânea, que já tivemos no ano passado."
Para o secretário, "a população está dando uma aula de cidadania ao aderir ao rodízio nessa proporção".
Fim da greve Com o encerramento da greve da Cetesb, na manhã de ontem, cerca de 300 funcionários passaram a multar, como fiscais do rodízio.
No total, a secretaria pretendia usar 400 funcionários da empresa como fiscais.
O diretor da Operação Rodízio, Alfred Szwarc, disse que, na segunda-feira, apenas cem empregados da empresa estiveram na rua multando.
A maior parte das multas foi aplicada por PMs do Comando de Policiamento de Trânsito e alunos da academia de oficiais da Polícia Militar.
marronzinhos descartados Ontem, o secretário Fábio Feldmann fez o que chamou de "visita de cortesia" a Gilberto Lehfeld, presidente da CET.
Na ocasião, voltou a discutir a inclusão dos marronzinhos na fiscalização do rodízio -que representariam reforço de 900 homens ao grupo de 1.600 que estão atuando.
A Prefeitura de São Paulo, responsável pela CET, não permitiu que integrassem a fiscalização porque seu poder de multar está sendo questionado na Justiça.
No final da tarde, Feldmann disse que a colaboração dos marronzinhos "está descartada".
Em entrevista coletiva, ele disse que vai pedir à prefeitura que cobre das empresas de ônibus da cidade o cumprimento dos padrões de emissão de poluentes.
O carro oficial do secretário, um Santana com placa de final 4, não pode circular ontem.
Por isso, ele deu folga ao motorista e percorreu a pé o trecho entre sua casa, em uma travessa da avenida Pedroso de Moraes, a CET, na Marginal Pinheiros, e a secretaria, na avenida Frederico Herman Júnior (zona oeste).
(RSc)

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