São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Jornalista fura esquema dos Jogos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

"Empregar-me como segurança da Olimpíada foi um pouco mais difícil que pedir um hambúrguer no McDonald's", conta o jornalista alemão Helmut Schumann.
Schumann, que nunca havia sido nem sequer vigia, conseguiu um emprego na empresa Borg-Wagner, uma das contratadas pelo comitê organizador dos Jogos para cuidar da segurança de estádios, ginásios e hotéis de Atlanta.
Em reportagem publicada esta semana na revista "Der Spiegel", o jornalista conta como foi fácil driblar o esquema de segurança dos Jogos. Ele viu em uma loja o anúncio: "Procuram-se seguranças para a Olimpíada".
Respondeu ao anúncio -já na segunda semana da Olimpíada, ou seja, depois da explosão da bomba no parque Centenário- e no dia seguinte já estava usando o uniforme de segurança oficial e uma credencial que lhe davam direito a entrar em qualquer evento dos Jogos.
Schumann relata que apresentou à empresa apenas sua carteira de motorista alemã e seu passaporte, já que não possuía nenhum documento americano.
"Preenchi 18 formulários, passei por um teste antidrogas e fiz um treinamento de três horas", diz ele.

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