São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Ataque tchetcheno marca volta de Ieltsin ao Kremlin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, voltou ontem ao Kremlin, depois de um descanso pós-eleitoral, para enfrentar o pior ataque dos separatistas tchetchenos contra tropas russas em cinco meses.
Os rebeldes tomaram partes da capital da Tchetchênia, Grozni, e atacaram outras duas cidades (Argun e Gudermes) alguns dias antes da posse de Ieltsin para seu segundo mandato, na sexta-feira.
O presidente russo se encontrou ontem com o novo secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Lebed, que relatou sobre as tentativas de normalizar a situação na região.
Os russos atacaram o centro de Grozni com helicópteros e metralhadoras. Quatro helicópteros foram abatidos pelos tchetchenos.
Segundo a agência de notícias "Interfax", 23 soldados russos morreram nos ataques. Pelo menos 91 ficaram feridos.
Não foi divulgado o número de rebeldes mortos, mas o coronel russo Pavel Golubets disse que as baixas eram "três ou quatro vezes maiores".
A "Interfax" disse que os separatistas estavam sendo liderados por Chamil Basaiev, que comandou a tomada de reféns em um hospital de Budennovsk, no sul da Rússia, em junho de 1995.
O ataque acabou com as perspectivas de retomada de negociações entre os russos em Grozni e os representantes dos separatistas.
Antes de voltar ao Kremlin, Ieltsin, 65, estava descansando em uma clínica próxima a Moscou por causa da campanha eleitoral que o levou à vitória no dia 3 de julho.
Autoridades do Kremlin não disseram se Ieltsin planeja continuar seu descanso após a nova posse.

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