São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996 |
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Defesa aponta prejulgamento
SERGIO TORRES
Defensor de Pádua, o advogado Paulo Ramalho afirmou que está havendo uma espécie de prejulgamento de Pádua e Paula. "Em qualquer país civilizado isso não aconteceria. Primeiro, convencem a opinião pública de que o cara é culpado. Depois, fazem o julgamento apenas por formalismo", afirmou Ramalho à Folha. Para o advogado de Pádua, a instalação de outdoors, a distribuição de panfletos e a manifestação de artistas contra os réus representam formas de pressão contra os jurados que decidirão pela condenação ou absolvição dos acusados durante o julgamento. "Estou certo de que tudo isso exerce influência sobre os jurados. O Guilherme (preso na penitenciária de Água Santa, na zona norte do Rio de Janeiro) está muito tenso com essa história toda", disse Ramalho. O advogado Carlos Eduardo Machado afirmou que a campanha pela condenação não fará sua cliente, Paula Thomaz, modificar a versão apresentada até agora para a sua defesa. "É tão possível ela mudar a versão quanto ficar provado que foi o papa quem matou PC Farias", disse Machado. Provas Para o advogado de Paula Thomaz, "há um excesso de convicções e uma total insuficiência de provas" contra a acusada. Líder da mobilização, a advogada Cristina Leonardo, coordenadora do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, disse que, no dia do julgamento, não haverá agressões contra os réus. "Deve ser dado o direito de defesa a eles. Não vamos fazer nada que atente contra a integridade dos réus", afirmou a advogada. (ST) Texto Anterior: Estratégias de acusação e defesa Próximo Texto: Adesão alta surpreende Feldmann Índice |
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