São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
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DEPOIMENTO

"Sempre gostei de festas. Quando era mais jovem (e inconsequente), bebia para entrar no pique. Me lembro que uma vez tomei algumas doses a mais e saí da festa com um cara que eu nunca tinha visto na vida. Tudo bem. Fui para a casa dele e nós transamos, depois eu apaguei.
No dia seguinte, acordei com ele me sacudindo e alguém esmurrando a porta. A ressaca era tanta, que eu não entendi nada: pensei que fosse a mulher dele. Pior: era a mãe. Eu sei que ele começou a catar minhas coisas pelo chão às pressas e foi colocando as roupas tortas em mim. Depois, me pediu para entrar no armário.
Fiquei ali até a mulher sair do quarto -uns 15 minutos. Em seguida ele me tirou do armário e me empurrou pela janela -era uma casa de dois andares (eu estava no segundo). Só percebi quando vi o telhado. Saí por ali, com aquele solzão na minha cabeça e a cara toda amarrotada.
Não era o caso de trocar telefones, claro, mas nós mal nos despedimos. Acabei cruzando com ele em outros lugares, e associei as situações à cena do telhado. Pensei: só mesmo bêbada para não ver que esse cara é um bobo."

Cleo Busatto, 37, é arte-educadora.

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