São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996 |
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Estabilização impulsiona gráficas rápidas
NELSON ROCCO
O interessado em abrir uma gráfica de conveniência deve dispor de, pelo menos, R$ 200 mil -fora os gastos com o ponto. A norte-americana Alphagraphics foi a primeira a chegar no país. Começou a operar em 1992. Hoje tem 15 unidades. "Com a entrada das gráficas rápidas no mercado, os clientes passaram a ter serviços gráficos, de cópias, impressão 'off-set', birô de editoração e acabamento, em uma só loja", diz Paulo Antunes, 26, gerente comercial da Alphagraphics. Valorização Alain Minerbo, 49, master-franqueado da Sir Speedy, acredita no potencial de crescimento do setor. Ele afirma que a prestação de serviços tem sido muito valorizada, o que já é comum no exterior. A loja da rede na av. Paulista (região central de São Paulo) consumiu cerca de R$ 2 milhões. As projeções de Minerbo são chegar a 20 unidades até o final da década. César Mastrocinque, master-franqueado da Kwik Kopy Printing, diz que está assustado com o aumento do número de empresas. "Há mais marcas do que o mercado comporta. Algumas não irão conseguir sobreviver." Em número de unidades, no entanto, ele diz que o mercado está "praticamente virgem". O empresário estima que, se o mercado brasileiro representasse 10% do norte-americano, o segmento comportaria cerca de 3.000 unidades. Levando em conta a economia do país, Mastrocinque estima que há espaço para 600 pontos. Isabel Pestana, 28, master-franqueada da Insty-Prints, que abriu a primeira unidade em março deste ano, diz que o sucesso do setor se deve à estabilidade econômica. Marketing "Com a estabilização da economia, as empresas passaram a investir mais em marketing direto, por meio de impressos, porque querem melhorar a imagem." Confiante no mercado, Isabel afirma que há espaço para o crescimento das gráficas rápidas no país, "já que nas gráficas comerciais os pequenos empresários não conseguem tiragens reduzidas". A Brasil Laser Color é a única marca nacional no setor. Leopoldo Gonzaga, 45, gerente de franchising, afirma que a abertura comercial do país está favorecendo as gráficas de conveniência. Outro fator positivo apontado por Gonzaga é o crescimento do uso de computador pelas empresas e pessoas físicas. A Brasil Laser Color tem 11 lojas e quer abrir outras três ainda este ano. "Temos recebido muitas consultas de interessados, mas estamos com critérios rigorosos para escolher parceiros", diz Gonzaga. Argentina A argentina Docuprint foi a última a entrar no país -abriu uma unidade em São Paulo há dois meses. Dagoberto Drago, master-franqueador, conta que tem parentesco com os donos da marca, o que facilitou as negociações. O investimento na empresa ficou em R$ 360 mil. "Não pagamos taxa de master-franquia em troca do desenvolvimento da rede aqui." Drago afirma que não tem definições de como será a formatação da franquia, o que deve ser desenvolvido em um ano. "Temos que aprender o caminho das pedras para ensinar aos franqueados." Onde encontrar - Docuprint: (011) 223-3300. Texto Anterior: Mercado interno sente efeitos Próximo Texto: Sistema tem novo site na rede mundial Índice |
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