São Paulo, sábado, 17 de agosto de 1996
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Ex-diretor pede indenização

DA SUCURSAL DO RIO

Clarimundo Sant'Anna, ex-dirigente do Nacional, está com uma ação trabalhista contra o Unibanco, que incorporou a instituição financeira mineira. Quer indenização entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, segundo seu advogado, José Fernando Ximenes Rocha.
Sant'Anna foi indiciado pela Polícia Federal sob acusação de gestão fraudulenta no Banco Nacional.
Ximenes Rocha disse que essa indenização seria adicional ao que foi recebido pelo ex-dirigente ao ser demitido do antigo Nacional, após 39 anos de trabalho.
O principal motivo do pleito, segundo o advogado, é que os valores recebidos por seu cliente quando ele integrou a diretoria do Nacional foram considerados honorários, e não salários, para efeitos de cálculo da indenização rescisória.
Na ação, Sant'Anna diz que recebia salários, não honorários. O pleito está na 32ª Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho do Rio.
O inquérito da PF apura responsabilidades sobre supostas fraudes em 652 contas do antigo Nacional que teriam sido usadas para inflar artificialmente os balanços do banco, no valor total de R$ 5,3 bilhões.
Unibanco
A reportagem da Folha tentou ouvir ontem o porta-voz do Unibanco para a área trabalhista, Paulo Bravo, vice-presidente de Recursos Humanos. Às 18h30, a assessoria de imprensa do banco informou à reportagem que o executivo passara o dia fora da instituição e que não teria condições de falar sobre a reação do Unibanco à ação trabalhista de Clarimundo Sant'Anna.

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