São Paulo, sábado, 17 de agosto de 1996
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Para a companhia, tarifa menor depende do ICMS

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Varig, Fernando Pinto, disse ontem que a redução das tarifas de transporte aéreo de passageiros só será possível no Brasil se o governo federal obtiver dos Estados um consenso para a redução do ICMS sobre os combustíveis.
O imposto é cobrado a uma alíquota de 25% sobre o preço do produto. De acordo com Pinto, esse é o principal motivo pelo qual o combustível para aviões no Brasil é 40% mais caro que nos EUA.
Ele disse também que os encargos sobre a folha de salários no Brasil chegam a 102% dos salários pagos, contra 47% nos EUA.
Ele atribuiu o fato de a população considerar as passagens no Brasil mais caras que no exterior a "uma falha de comunicação das empresas aéreas".
Outro fator de pressão sobre os custos das passagens aéreas no Brasil, segundo o presidente da Varig, é que os juros tanto internos quanto externos pagos pelas empresas brasileiras são maiores.
Na área externa, os juros maiores seriam decorrentes da sobretaxa cobrada pelo "risco Brasil".
As empresas aéreas norte-americanas, que compram mais, conseguem pagar por mês US$ 200 mil de amortização pelo mesmo avião, ao passo que a Varig paga US$ 370 mil, afirmou Pinto.

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