São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Agente "organiza" a família
LUÍS PEREZ
"Ela trata da morte e ninguém quer morrer", resume Penha Simões, 39, que trabalha no Serviço Funerário do Município de São Paulo há 17 anos. A principal característica do agente é manter a cabeça fria para "organizar a família". Segundo ela, é um momento em que as pessoas não sabem o que fazer. "Elas me pedem opinião sobre caixão e isso eu não posso dar, não sou vendedora." O salário também é baixo, R$ 260. "Deveria ganhar mais, é estressante. E precisaria de pessoas com formação em psicologia", diz. Vilma Silvestre, 29, trabalha na funerária de Guarulhos (SP) e estava de plantão na noite da morte dos Mamonas Assassinas. "Algumas coisas ainda nos abalam", afirma. Ela participou da montagem do velório e era fã do grupo desde a época em que ele se chamava Utopia. (LPz) Texto Anterior: Maquiador só existe nos EUA Próximo Texto: Legista é associado à morbidez Índice |
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