São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996 |
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Fiesp cobra 'ação mais enérgica'
VICTOR AGOSTINHO
Ele sugeriu também ao governador tirar os policiais destacados para cuidar do rodízio e colocá-los diretamente no combate ao crime. A cobrança de Moreira Ferreira foi feita ontem à noite, logo depois de uma reunião da executiva da Fiesp que discutiu formas de minimizar a violência em São Paulo. Segundo o presidente da Fiesp, dos 109 empresários do conselho, 99 já foram assaltados pelo menos uma vez. O próprio Moreira Ferreira afirmou ter sido assaltado à mão armada quatro vezes. A Fiesp montou ontem uma comissão composta por cinco empresários para preparar um seminário sobre violência. Desse seminário sairão propostas para combater a violência. "Espero que em 15 dias já tenhamos resultados práticos para apresentar", disse. Moreira Ferreira não quis adiantar as soluções discutidas ontem, mas aventou a possibilidade de os empresários equiparem distritos policiais. "Hoje existe uma situação caótica, 70% da frota não tem gasolina para rodar. Se o Estado não faz, quem é que tem que fazer?", afirmou. O presidente da Fiesp afirmou também que não tem medo de, ao financiar os distritos, acabar criando uma espécie de milícia privada. "É uma situação emergencial. Todo mundo está fazendo o que pode. Cada um está colocando uma guarita na sua casa." Para Moreira Ferreira, a principal causa do aumento da violência é "o uso indiscriminado das drogas", que atinge todas as classes. Sobre a falta de empregos, o presidente da Fiesp afirmou: "Não se pode criar empregos da noite para dia. Só podemos ter uma política séria de geração de empregos retomando o crescimento econômico, fazendo as reformas que estamos cansados de pedir ao Congresso". Texto Anterior: Movimento prepara ato Próximo Texto: País não pune ricos, diz Pertence Índice |
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