São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996
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Reage São Paulo; Hipocrisia; Férias incômodas; Cohab; Indignação; Efeitos deturpantes

Reage São Paulo
"Parabéns ao editorial 'Reage SP' (18/8). Um autêntico brado de alerta à sensibilidade das autoridades brasileiras, a maioria parecendo intoxicada com o deslumbramento, com a omissão, com a ineficiência.
A Folha sublinha um ponto que considero importante nessa escalada da violência: a má distribuição de renda no Brasil, uma afronta à dignidade."
Gilberto Miranda, senador pelo PMDB-AM, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (Brasília, DF)

Resposta
"Ensaiando uma resposta para a pergunta lançada sobre Daniella Perez, em um cartaz de beira-estrada, 'E se fosse com sua filha?':
acho que a melhor resposta que me vem à cabeça é que estariam os assassinos soltos, teria saído uma nota ocasional na parte policial dos jornais e eu estaria rodando delegacias e cortes, tentando obter, pelo menos, um fiapo de justiça."
Rubens Antonio da Silva Filho (Salvador, BA)

Hipocrisia
"Hipocrisia e bufa indignação a do sr. Clóvis Rossi com o tal Robert Barro, 'geniozinho de Harvard' e suas perspectivas para o Brasil (Folha, 13/8).
Afinal, quem saberia da existência desse Barro não fosse o espaço que injustificadamente lhe abriu a Folha, jornal do qual Rossi é um dos membros do Conselho Editorial?"
Rodolpho Telarolli (Araraquara, SP)

Férias incômodas
"Lamentei muito a Folha ter colocado o ombudsman de férias na época da Olimpíada.
Nesse período aconteceram muitos erros (superficialidade das informações por exemplo) e nada foi criticado."
Oziel Lopes da Costa (Goiânia, GO)

Cohab
"Na edição de 14/8, o sr. Marcos Helou, atual presidente da Cohab, afirma que às vésperas das eleições de 92 'houve uma orgia de distribuição de apartamentos sem critérios e sem a correta comprovação de renda'.
Entre agosto e setembro de 92 a Cohab-SP comercializou 14.368 apartamentos do conjunto Santa Etelvina para quem estava inscrito na 'fila'.
Foram convocadas 94.564 pessoas, na ordem cronológica de sua inscrição. Centenas aguardavam o chamamento há mais de uma década.
A comercialização foi revestida de todos os critérios técnicos em obediência inclusive ao que estabelecia a CEF. A renda exigida do candidato era comprovada mediante a apresentação de documentos. Existe na Cohab farta documentação sobre o assunto.
Em nossa administração atendemos 34.330 mutuários que buscavam rever o valor de suas prestações. Além disso implantamos um programa de recuperação de créditos.
A Cohab possui hoje, conforme divulgado em edição recente da Folha, 33 mil mutuários com mais de três prestações em atraso.
A atual gestão alega não trocar casas por votos, talvez porque só conseguiu entregar pela Cohab 3.097 habitações (Folha, 27/7). No entanto, a administração municipal promove um festival de inaugurações à caça de votos."
Paulino Caetano da Silva, ex-presidente da Cohab-SP (São Paulo, SP)

Indignação
"Venho expressar minha indignação com relação à discriminação da Folha para com seus leitores e assinantes do interior.
Primeiro, o caderno Acontece passou a circular apenas em São Paulo. Depois, deixamos de receber a Revista da Folha e o caderno Classifolha.
Vários cadernos foram reduzidos em um só (Sua Vez), que contém muito menos informação. Além disso, ficamos mais discriminados: o jornal passou a ser colorido para os leitores de São Paulo, e preto-e-branco para os do interior!
Agora, a relação de estabelecimentos credenciados ao Clubefolha não vem mais para nós, o que tornou o cartão totalmente inútil.
Não entendo o porquê de tal discriminação. Por acaso a Folha só se interessa pelos leitores de São Paulo?"
Adrian Cagnani (Poços de Caldas, MG)
*
"Por que o nomeado caderno de classificados é Sua Vez? Por que os anúncios classificados foram suprimidos? Por que os cadernos Infoshop, AutoFolha, Classifolha e a Revista da Folha não circulam na edição nacional?
Por que os cadernos regionais, como a Folha Sudeste, ainda não mudaram o perfil gráfico? Por que o caderno Acontece não circula na edição nacional?
Por que a edição nacional tem menos cores que a edição São Paulo? O cronograma do projeto da Folha está mantido? Inicialmente, as novas rotativas entrariam em operação no próximo mês.
Por que colocam anúncios da edição São Paulo na edição nacional, como o do caderno Infoshop? Qual a função do ombudsman? Por que a minha primeira carta foi ignorada? Se esta carta for ignorada, estará comprovado que esta Folha tem medo da verdade."
Luciano de Angelo Roncolato (Campinas, SP)

Nota da Redação - Até o final deste ano a edição nacional ganhará cores e os cadernos regionais passarão pela reforma gráfica. O leitor passou a receber todas as reportagens de Imóveis e Tudo, incluídas no Sua Vez. Em relação aos classificados, os anunciantes têm como público-alvo os leitores da capital. Por isso preferem veicular sua mensagem apenas na Grande São Paulo. Com os anunciantes da Revista da Folha e do Infoshop o mesmo acontece. Os convênios atuais do Clubefolha estão localizados apenas na Grande São Paulo. Por esse motivo o guia Clubefolha circula só nessa região. Há estudos no sentido de ampliar esses convênios e criar um roteiro regionalizado. Os leitores da edição nacional recebem um resumo do Acontece.

Efeitos deturpantes
"Ninguém está a salvo dos efeitos deturpantes da publicidade. Nem Nelson de Sá, crítico experiente, que equivocou-se ao crer que as falas de Duda Mendonça no 'Gazeta Meio-Dia' tinham fundamento.
Para quem tem memória e assistiu ao programa, ficou evidenciado que Duda Mendonça aposta na fraca memória da população e confunde linguagem popular com populista. Grande defesa da velha forma de fazer política."
Marilu André (São Paulo, SP)

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