São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Bomba não altera rotina de autógrafos e compras

ERIKA SALLUM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O clima era de tranquilidade ontem à noite na 14ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
O que destoava em meio à descontração dos visitantes era a presença de policiais militares, que circulavam em grupos de três pelas estandes da feira.
A grande estrela da noite foi o escritor e humorista Jô Soares, que estava autografando seu livro "O Xangô de Baker Street", lançado no ano passado pela Companhia das Letras.
"Não fiquei preocupado com a bomba. A gente só tem medo de bomba depois que sabe da existência dela", disse Soares.
Cerca de 700 pessoas aguardavam na fila para conseguir um autógrafo do humorista. Iniciada às 19h30, a sessão de autógrafos estava prevista para terminar às 22h.
Os fãs que esperavam uma assinatura de Jô Soares também estavam despreocupados quanto aos perigos da bomba.
"A bomba não me provocou nenhum medo. Além do mais, uma das principais razões de eu vir aqui hoje foi o Jô", disse Onés Antônio Cervelin, 28, um dos primeiros a conseguir o autógrafo.
O escritor Roberto Menna Barreto, 61, que está lançando o livro "Cultura de Verniz", da editora Qualitymark, soube da bomba somente quando chegou à Bienal, por volta das 19h.
Com sessão de autógrafos marcada para as 20h, Barreto disse que, em nenhum momento perdeu a calma.
"Graças a Deus, não houve maiores problemas", disse ele.

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