São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996 |
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Economia deve crescer só 2,6% em 96
CHICO SANTOS
A previsão para a segunda metade do ano é de intensificação da tendência de expansão. Almir Cronemberger, do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), projeta 2,6% para o ano. O PIB (Produto Interno Bruto) é o conjunto das riquezas produzidas no país. Os números do IBGE divulgados ontem mostram que a economia empacou no segundo ano do Plano Real, depois de deslanchar no primeiro: a taxa de crescimento despencou de 7,95% para 0,27%. Para que a projeção de Cronemberger se confirme, o PIB terá que crescer no segundo semestre 5,2% sobre igual período de 95 (3,2% sobre o primeiro semestre). Segundo o técnico, a queda dos juros, a maior facilidade de crédito e a tendência de recuperação já revelada nas estatísticas atuais servem de base para sua previsão. Ela é ligeiramente inferior aos 2,8% projetados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, como o IBGE. A economia começou o ano com retração de 2,38% no primeiro trimestre, comparado com o mesmo período de 95. No segundo trimestre, a produção cresceu 2,30%. Na comparação entre os dois primeiros trimestres do ano, já descontados os fatores sazonais (especificidades de cada período que distorcem as estatísticas), houve crescimento econômico de 1,65% de abril a junho. Nesse tipo de comparação, que mostra a tendência da curva de crescimento, o PIB cresceu em todos os setores, exceto nas instituições financeiras (queda de 2,6%). Os maiores aumentos setoriais foram os da construção civil, com 3,7%; dos transportes, com 3,6%; da produção animal, também com 3,6%; e do comércio, com 2,2%. Mesmo a indústria de transformação, que fechou o primeiro semestre com queda de 5,32% em relação ao mesmo período de 95, mostra tendência de recuperação na comparação do segundo com o primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 1,6%. As projeções do coordenador do IBGE indicam que a indústria de transformação crescerá 0,9% este ano, em comparação com o ano passado, enquanto a indústria como um todo (transformação, extrativa mineral, construção civil e serviços industriais de utilidade pública) crescerá 1,8%. Cronemberger projetou ainda que a agropecuária crescerá este ano 2,8% e os serviços, 3,3%. Obstáculos à vista LEIA MAIS sobre o PIB na pág. 2-3 Próximo Texto: Cores da televisão; Prejuízo socializado; Resultado destacado; Para a frente; Para trás; Cartão vermelho; Ciranda de agências; Ligação a cobrar; Preço da comodidade; Limpando balanço; Papel passado; Jogo duro; Cercando o terreno; Parceiro precavido; Brecha prevista; Associação fácil Índice |
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