São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996 |
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Grande clássico
WILSON BALDINI JR. Tudo leva a crer que o mês de outubro promete ser doloroso para os corintianos. Afinal, com este inigualável time formado pela atual diretoria vai ser difícil encarar os tradicionais adversários Palmeiras (dia 6), São Paulo (20) e Santos (27).Mas tudo bem. O que seria do futebol sem os grandes clássicos. Neste esporte, os dirigentes ainda não conseguiram exterminar com os grandes confrontos. No boxe não é assim. Em 91, "motivos de força maior" impediram Mike Tyson x Evander Holyfield. Atualmente, é complicado ver Roy Jones x Nige Benn ou Pernell Whitaker x Félix Trinidad. Mas amanhã, em Albuquerque, Novo México, EUA, uma vitória do norte-americano Danny Romero sobre o colombiano Harold Grey garante um dos duelos mais esperados dos últimos tempos: Romero x Johnny Tapia. Pela primeira vez na história do boxe dois lutadores peso-mosca (cada um com pouco mais de 50 quilos) irão disputar uma bolsa superior a US$ 1 milhão. Graças as mais de 40 mil pessoas de Albuquerque que devem comparecer ao combate para acompanhar seus dois "filhos" mais famosos. Pela história dos lutadores talvez a torcida ganhe uma tendência para Tapia. Aos 8 anos viu sua mãe ser morta a golpes de cortador de gêlo e estuprada. Criado pelos avós, já esteve envolvido com drogas, mas atualmente tem o apoio de Sugar Ray Leonard, que cuida da promoção de seus combates. Em compensação, Danny Romero é mais reconhecido por disputar lutas válidas pela Federação Internacional, entidade com maior crédito que a Organização Mundial na qual participa Tapia. A expectativa é para que Romero vença Grey e, finalmente, saia a luta tão esperada. Quem vencerá? Não importa. O boxe será o maior vencedor. Texto Anterior: Anteontem Próximo Texto: Peter Venâncio; Duran para presidente; Boxe na TV Índice |
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