São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996 |
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Premiê japonês quer incrementar comércio
ANTONIO CARLOS SEIDL
O objetivo é duplo: aprofundar os laços de amizade e examinar novas iniciativas para incrementar o relacionamento econômico entre os dois países. Amanhã, Hashimoto terá encontros com a colônia japonesa e será homenageado pela comunidade nipo-brasileira e pelo governador Mário Covas com recepção no Palácio dos Bandeirantes. Na segunda-feira, o chefe do governo japonês se encontrará com o presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília, quando serão assinados acordos para a liberação de financiamentos de cerca de US$ 650 milhões de agências governamentais japonesas para projetos de meio ambiente e infra-estrutura no Brasil. Hashimoto, que governa o Japão desde janeiro deste ano, é presidente do Partido Liberal Democrático (PLD). Ele é o terceiro chefe de governo japonês a visitar o Brasil, depois de Zenko Suzuki, em 1982, e Kakuei Tanaka, em 1974. A vinda de Hashimoto ao Brasil faz parte de um giro pela América Latina, iniciado na última terça-feira, no México. O premiê japonês chega ao Brasil procedente de Santiago (Chile). Segundo diplomatas japoneses, o périplo pela América Latina representa a busca de "uma nova parceria" do Japão com a região. Depois de relações frias na década de 80, quando os países latino-americanos lutavam com instabilidade política, inflação crônica e recessão, o Japão quer aproveitar a democratização e estabilização econômica na América Latina para aumentar o comércio bilateral e os investimentos na área. O aumento dos investimentos japoneses, com vistas ao Mercosul, e a polêmica questão da importação de carros japoneses pelo Brasil estão entre os temas do encontro que Hashimoto terá com FHC. Texto Anterior: Quadro continuará grave Próximo Texto: Credores querem exame separado de ações Índice |
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