São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Ana Moser arranja vaga na Superliga

Trio medalhista está sem clube

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A atleta Nome: Ana Moser
Idade: 28
Altura: 1,87 m
Títulos: Superliga, do Grand Prix e vice olímpica
A jogadora Ana Moser, da seleção brasileira feminina de vôlei medalha de prata em Atlanta, foi contratada ontem pelo São Caetano para a Superliga.
Além de Ana Moser, o clube contratou Filó e Fofão, ambas da seleção que foi aos Jogos. O contrato delas com o clube vai até o final da Superliga, em abril de 97.
Paulo Guerra, assessor de marketing de Ana Moser, e que intermediou a negociação para a contratação das jogadoras, informou que o acordo prevê a contratação de duas estrangeiras ainda não definidas.
"Essa decisão vai ficar a cargo do técnico."disse.
Luís Augusto Braga, gerente-geral de marketing da Mizuno, empresa que patrocina o São Caetano, disse que estão sendo feitos contatos para a contratação de Ana Flávia.
Até o fechamento desta edição, ainda estavam sem clube as jogadoras Ana Flávia, Leila e Virna.
Negociações
A Superliga feminina deste ano foi confirmada pela CBV com a participação de dez equipes.
Ana Moser, que deixou a equipe do Leite Moça, atual Leites Nestlés, devido ao ranqueamento da CBV, negociava a montagem de dois novos times desde que retornou da Olimpíada.
A jogadora tinha praticamente acertada a montagem de um time para disputar o campeonato pela Unisanta (Universidade Santa Cecília), de Santos (litoral paulista).
A CBV vetou a idéia alegando que o Estado já contava com cinco participantes na Superliga.
Posteriormente, diante da possibilidade de as jogadoras da seleção brasileira ficarem desempregadas, admitiu a hipótese de incluir outro time.
"Se for montado um time de bom nível, nós poderemos estudar sua inclusão", disse Osíris Rodrigues Filho, diretor de eventos da entidade.
Ana Moser, no entanto, optou por jogar em um dos clubes que ainda não havia estourado o limite de pontos do ranking da CBV -30 pontos. Ela vale 7.
Esse também será o caminho adotado por Ana Flávia, Leila e Virna. BCN e o Leites Nestlé são os clubes que não podem mais contratar jogadoras ranqueadas.
Dificuldade
A maior dificuldade para a ida de jogadoras de seleção para equipes menores é quanto ao pagamento de salários.
Por esse motivo, as negociações estavam sendo conduzidas por Ana Moser, com o apoio de uma empresa especializada em marketing esportivo.
A preocupação das jogadoras estava no fato de terem que viajar ontem à noite para a preparação e disputa do Grand Prix, ainda sem clube.

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