São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
Texto Anterior | Índice

Ana Moser e 'Cia' jogarão a Superliga

Sexteto olímpico arranja emprego

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

As seis jogadoras da seleção brasileira feminina de vôlei que estavam desempregadas vão disputar a Superliga.
Ana Moser, Filó e Fofão foram contratadas pelo São Caetano. Ana Flávia, Virna e Leila vão para o Minas Tênis Clube.
Os contratos com ambos os clubes valem até o final da Superliga, em abril de 97.
"Estou muito feliz. Ficou tudo dentro do que a gente esperava", disse Ana Moser.
Segundo Ana Moser, o acordo com o São Caetano prevê que duas jogadoras estrangeiras, ainda não definidas, serão contratadas.
A atacante disse acreditar que sua equipe será forte o suficiente para enfrentar BCN e Leites Nestlé, favoritas ao título.
"A gente vai montar uma equipe forte. O que vai atrapalhar no início é a falta de entrosamento."
A diretoria da Mizuno, empresa que patrocina o São Caetano, não quis revelar quanto investiu para viabilizar o negócio.
O diretor-geral de Marketing da empresa, Luís Augusto Braga, afirmou, no entanto, que não havia interesse em trazer jogadoras estrangeiras para a equipe.
O Minas Tênis Clube, por sua vez, só anunciou a contratação de Ana Flávia, Virna e Leila à noite.
A ida das jogadoras foi possível porque o clube conseguiu ontem mesmo o patrocínio de uma empresa de engenharia.
Segundo a diretoria do Minas Tênis, graças ao patrocínio, há a possibilidade de serem contratadas mais atletas.
Negociações
A Superliga feminina deste ano foi confirmada pela CBV com a participação de dez equipes.
Ana Moser, que deixou a equipe do Leite Moça, atual Leites Nestlé, devido ao ranqueamento da CBV, negociava a montagem de dois novos times desde que retornou da Olimpíada.
A jogadora tinha praticamente acertada a montagem de um time para disputar o campeonato pela Unisanta (Universidade Santa Cecília), de Santos (litoral paulista).
A CBV vetou a idéia alegando que o Estado já contava com cinco participantes na Superliga.
Posteriormente, diante da possibilidade de as jogadoras da seleção brasileira ficarem desempregadas, admitiu a hipótese de incluir outro time.
Ana Moser e as demais jogadoras, no entanto, optaram por jogar em um dos clubes que ainda não havia estourado o limite de pontos do ranking da CBV -30 pontos. Ana Moser, por exemplo, vale 7.
"Nós trabalhamos dentro do que foi determinado pela CBV. Como não podíamos montar uma equipe, tivemos que ir atrás das já existentes."
As jogadoras estavam preocupadas com o fato de terem que embarcar para a disputa do Grand Prix (leia texto nesta página), ainda desempregadas.
"É um alívio muito grande. Estávamos todas apreensivas", disse Ana Moser.

Texto Anterior: Brasil espera 'casa cheia' no Sul-Americano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.