São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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Atriz se inspira em Michelle Pfeiffer para papel de estréia

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Carolina Kasting, 21, não se cansa de assistir ao vídeo "A Época da Inocência", do diretor Martin Scorsese. Para encarnar seu primeiro personagem na TV, a atriz se inspira na condessa vivida por Michelle Pfeiffer.
Carolina foi escalada para o elenco da novela "Anjo de Mim", com estréia prevista para o dia 9 de setembro, na faixa das 18h, na Globo. Ela vai interpretar Valentina, uma mulher que vive uma escandalosa história de amor no século 19.
"Gosto de observar o jeito como Michelle Pfeiffer se comporta no filme", diz a atriz, que vai participar dos primeiros 40 capítulos da novela. Seu personagem, no entanto, é uma das peças centrais na trama criada por Walter Negrão.
Valentina é casada com um coronel bem mais velho e acaba traindo o marido quando conhece Belmiro (Tony Ramos). No filme de Scorsese, Pfeiffer vive uma condessa separada que choca a sociedade da época ao se aproximar de um homem comprometido (Daniel Day-Lewis).
As duas histórias se passam no mesmo em 1870. "Além da época em que viveram, essas personagens têm mais em comum. São mulheres fortes, verdadeiras heroínas", conta a atriz.
Flash-back
Como a ação de "Anjo de Mim" se passa nos dias atuais, Carolina só participa de cenas de flash-back. Ao fazer sessões de regressão, o personagem de Tony Ramos vai se lembrar de Valentina, o grande amor de uma de suas vidas passadas. Só depois é que ele tenta encontrar sua alma gêmea nessa vida.
Carolina conseguiu o papel um mês depois de ter sido aprovada na Oficina de Atores da Globo em São Paulo. "Quando me convidaram para fazer a novela, levei um susto. Ainda não creio que vou contracenar com alguns dos grandes nomes da TV."
Intuição
A atriz espera receber uns "toques" do colega de cena. "Vou seguir minha intuição, mas vou precisar de ajuda até me acostumar com a câmera", diz a atriz, que se formou na escola de teatro Célia Helena.
"Valentina é o meu primeiro papel de verdade. Fico feliz por se tratar de uma personagem de época. A peruca e o figurino vão me ajudar a compor uma outra pessoa. Do contrário, teria de me esforçar para não acabar representando a mim mesma."

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