São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Time em campo; Pulando a armadilha; Acredite quem quiser; Dança dos números 1; Dança dos números 2 ; O jogo de Serjão; Duelo cristalizado; Como sempre; Sinal de fraqueza; Sem base; Nada popular; Sem saída; Eleição casada; Cabeça parlamentar; Visita à Folha

Time em campo
O Planalto definiu que Luís Eduardo Magalhães será o coordenador de toda a campanha pela reeleição de FHC. Na prática, o pefelista já era. Agora, assume a missão publicamente, para preservar o presidente.

Pulando a armadilha
Sabendo que Maluf quer envolvê-lo diretamente no corpo-a-corpo pela reeleição, FHC jogará suas fichas nos bastidores. Não quer cair em bate-boca com Maluf. Para isso, já tem Serjão. E, agora, Luís Eduardo.

Acredite quem quiser
O governo que dar à campanha pela reeleição um caráter de interesse do país. Não é uma manobra para beneficiar FHC, é parte de uma reforma política necessária para o Brasil, raciocina a corte brasileinse.

Dança dos números 1
Pesquisa Ibope/MCI, encomendada pelo Planalto neste mês, revela aprovação de 49% ao governo FHC. A desaprovação soma 36%. O Real é aprovado por 73% e desaprovado por 16%. Confiam no presidente 56% e desconfiam 36%.

Dança dos números 2
A pesquisa do Ibope/MCI, entregue ontem a FHC, mostra que, se a eleição presidencial fosse em agosto, ele teria 41% de preferência. Lula ficaria com 18%. Maluf e Sarney empatariam, com 11% cada. Itamar receberia 5%.

O jogo de Serjão
A interlocutores, Serjão deixa claro ter o aval de FHC para atacar Maluf. Sua missão seria desentocar o que chama de "velho Maluf", tentando mostrar que é a mesma pessoa que serviu ao regime militar.

Duelo cristalizado
O objetivo de Serjão é tentar despertar um sentimento antimalufista, mostrando que hoje ele é um produto de marketing. Os tucanos acreditam que Maluf é o principal adversário para 98 e temem pela fidelidade do PFL.

Como sempre
Para a cúpula tucana, o PFL faz jogo duplo: é aliado de FHC, mas pode largá-lo para apoiar Maluf em 98. O critério para a decisão seria um só: com quem os pefelistas obteriam mais vantagens.

Sinal de fraqueza
Maluf fez as contas e sentiu que não teria condições de barrar a reeleição de FHC. Apesar do sucesso de Pitta na eleição paulistana, o prefeito teme que FHC coopte grande parte do PPB com a reforma ministerial.

Sem base
Os três governadores do PPB são favoráveis à reeleição de FHC. Amazonino Mendes (AM), Siqueira Campos (TO) e Neudo Campos (RR) fizeram a mensagem chegar a Maluf.

Nada popular
Na bancada do PPB na Câmara, há muita insatisfação com Maluf, considerado um político que só tem projeto pessoal.

Sem saída
Sobre o jogo de cena de Maluf, ameaçando expulsar do PPB os parlamentares que votarem pela reeleição, Pauderney Avelino (PPB-AM) diz: "Se isso ocorrer, o partido racha ao meio".

Eleição casada
A campanha de Pitta vai espalhar por São Paulo o primeiro outdoor sem a cara do candidato. "Fura-fila, brevemente em São Paulo" é a mais nova peça do malufismo rumo a 1998.

Cabeça parlamentar
Levantamento com 83 deputados do PMDB mostra que 55% são favoráveis à possibilidade de reeleição de FHC. Os indecisos são 29%. Os contrários, 16%.

Visita à Folha
O diretor-presidente da Exportadora de Café Guaxupé Ltda., Orostrato Olavo Silva Barbosa, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Sérgio Ferraz Ribeiro, da Leite Fazenda Bela Vista Ltda.

TIROTEIO
Do deputado Adroaldo Streck (PSDB-RS), sobre a performance de Pitta (PPB), candidato de Maluf em São Paulo:
- O Maluf está seguindo os passos do Quércia para se projetar para o Planalto. Vai trazer alguém para quebrar a Prefeitura de São Paulo, como fez o Fleury com o governo do Estado.

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