São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Congresso suspende análise de projeto Estados querem atuar na privatização RAQUEL ULHÔA
A decisão de retirar o projeto da pauta foi do líder do PT, José Eduardo Dutra (SE), autor da proposta. Ele disse que o objetivo do projeto havia sido "totalmente desvirtuado" pelas negociações. Segundo ele, o acordo que o governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), estava fazendo com o Senado para que 50% dos recursos do leilão fossem aplicados nos Estados de maior influência da empresa deturpou a idéia original. O presidente Fernando Henrique Cardoso é favorável à proposta. Segundo o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, FHC defende a criação de um fundo com esses recursos para financiar projetos de infra-estrutura. Apesar de o projeto ter saído da pauta, a proposta de Azeredo será apresentada pela senadora Regina Assumpção (PTB-MG). Os governistas comemoraram a decisão de Dutra. "A retirada é ótima para o governo, que continua a ter liberdade para privatizar a Vale e aplicar os recursos como quiser", disse o líder do governo no Congresso, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Antes da proposta de Azeredo, o governo dava como certas a rejeição do projeto de Dutra e a aprovação do substitutivo do senador Vilson Kleinubing (PFL-SC). O substitutivo autorizava o governo a vender a Vale sem consultar o Congresso, mas recomendava a aplicação do valor arrecadado nos Estados carentes de obras de infra-estrutura, "preferencialmente" naqueles onde a Vale atua. A proposta para que 50% dos recursos fiquem nos Estados onde a Vale tem maior atividade (MG, SE, BA, PA, ES e MA) provocou a cobiça de outros governadores. Rio, Tocantins e Mato Grosso do Sul pediram parte na divisão do bolo. Texto Anterior: Governo exige que grupo dos EUA o consulte Próximo Texto: Fraudadora será julgada dia 9 nos EUA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |