São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Juizado admite ter errado

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O juiz titular da Vara da Infância e Juventude de Manaus (AM), Rafael Romano, disse ontem que o juizado se precipitou na transferência para Guaratuba (PR), no último dia 16, do menino reconhecido pelo pescador João Bossi como sendo seu filho, Leandro Bossi.
Segundo Romano, o menino deveria ter ficado com Auxiliadora Araújo, que detinha sua guarda provisória, até a confirmação da paternidade pelo exame de DNA.
O juiz afirmou que estava viajando na ocasião e que a liberação para a viagem foi concedida pelo juiz substituto, Celso Gióia.
Gióia não foi encontrado pela Agência Folha no juizado na tarde de ontem, e seu telefone celular estava desligado.
Para Romano, o erro foi causado pela precipitação de João Bossi, pai de Leandro, em buscar o menino em Manaus. "Acredito que o juiz que me substituiu se precipitou por ter sido levado pela emoção", disse Romano.
Fotógrafo
O fotógrafo Francisco Côrtes afirma conhecer Diogo desde o nascimento. "Os pais dele eram caseiros no meu sítio", diz.
Côrtes também afirma que cuidou do menino durante três anos porque os pais verdadeiros não tinham condições de criá-lo.
Côrtes tem a certidão de nascimento do menino e fotografias desde que ele tinha 7 anos.
O menino seria filho de Ângela Regina Moreira e Aguinaldo José Santana. Na certidão de nascimento consta apenas o nome da mãe.
Côrtes diz que cuidou do menino até cerca de três meses atrás, quando o garoto fugiu de casa. Ele disse que, na época, procurou o juiz de menores e disse não ter interesse de ficar mais com a criança.
Após a fuga, o garoto encontrou Auxiliadora Araújo, que decidiu ficar com ele e iniciou processo de adoção do menino.

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