São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Fipe registra recuo do IPC para 0,63%
MAURO ZAFALON
A taxa ficou abaixo da prevista pelos próprios técnicos da entidade, que esperavam a repetição do 0,83% da quadrissemana anterior. "Os produtos que estão em alta subiram menos do que o previsto. Já os que estão em baixa caíram acima da expectativa", disse Heron do Carmo, responsável pela coordenação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). O economista da Fipe refez suas projeções para o mês e espera, agora, taxa próxima a 0,5%. Em setembro, a queda deve ser ainda maior, podendo a taxa repetir março, quando os preços subiram apenas 0,23% em São Paulo. A principal pressão de queda veio de alimentos, que subiram apenas 0,38%, contra 0,92% na quadrissemana anterior. Açúcar e café lideraram as baixas, com retrações de 8,22% e 6,80%, respectivamente. A queda de preços desses produtos é normal neste período do ano devido à safra. Os produtos "in natura", após forte reajuste nas duas primeiras semanas de agosto, subiram menos na terceira (2,1%). Os preços do vestuário caíram 2,14%, em média. Devido às liquidações, os paulistanos estão pagando 5,1% menos com as roupas de mulher e 2,93% menos com as de homem. Os gastos com habitação continuam subindo devido aos aumentos de água e esgoto e à concentração de reajustes de aluguel neste período do ano. A Fipe registrou taxas menores também nos setores de transporte (0,22%), saúde (2,62%) e educação (-0,17%). Se agosto fechar com 0,5%%, o IPC em 12 meses recuará para 14,5%. Heron prevê para o segundo semestre taxa próxima a 5%, abaixo dos 7% do primeiro. A inflação de 96 deve ser de 12,5%. Texto Anterior: Receita com cobrança judicial cresce 18,9% Próximo Texto: Químicos em greve protestam distribuindo frangos no ABC Índice |
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