São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Caetano e Ubaldo falam de 'Tieta', Glauber, cinema
SÉRGIO DÁVILA
Outro: custou US$ 5 milhões -dez "Carlota Joaquina", o filme de Carla Camurati de 1995 que começou a tirar o cinema local da lama em que havia se metido desde o governo Collor (1990-1992). Mais: tem Jorge Amado de narrador, Sonia Braga e Marília Pêra na tela, Ocimar Versolato no figurino principal e Sony na produção. E não é ruim este "Tieta do Agreste". Pelo menos é o que dizem em entrevista à Folha João Ubaldo Ribeiro, roteirista, e Caetano Veloso, autor da trilha. Escritor e músico conversaram por duas horas e meia na casa do último, na cobertura de um prédio antigo do Leblon, bairro da zona sul do Rio de Janeiro; leia trechos: Folha - Caetano Veloso fez a trilha sonora e João Ubaldo é um dos roteiristas de "Tieta do Agreste". Vocês assistiram ao filme? Caetano Veloso - Sim. João Ubaldo Ribeiro - Sim. Folha - E é bom? Caetano - É muito bom. João Ubaldo - Também gostei. Funcionei mais como consultor de "baianês", fazedor de diálogos. Caetano - Entre outras virtudes, "Tieta" tem uma dicção já amadurecida do cinema brasileiro. Você não faz um esforço brutal como foi o do cinema novo, iniciado heroicamente por Glauber Rocha nos anos 60, sem que depois veja frutos. "Tieta" é a prova contrária. E o roteiro, os diálogos são fundamentais. "Serviu?", diz Sonia Braga, quando dá o uniforme da Seleção Brasileira ao sobrinho. "Deu", diz ele. "Deu direitinho". Tem essas graças. João Ubaldo - É, esse eu acho que é meu. (Risos) LEIA MAIS sobre "Tieta" à pág. 4-10 Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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